Ananda Carvalho

18/04/2019 00h50

Imaginação, mais que real!

 
Estava reparando em alguns itens de dinossauros que existem no meu quarto (desenhos, uma pata) e lembrei de quando eu jurei que havia encontrado um ovo de dinossauro… Em minha defesa eu tinha 8 anos no máximo. Infelizmente, após semanas cuidando do Rex me ocorreu que talvez fosse só uma pedra, a primeira desilusão a gente nunca esquece. Fez-me lembrar de como era grande a mistura de imaginação com realidade naquela época. 
 
Passei anos da minha infância achando que eu e minha mãe havíamos sido perseguidas por uma cobra quando fomos catar melancia, demorou um tempo pra perceber que foi um sonho. Creio que toda criança que cresceu assistindo Toy Story já deixou a porta do quarto entreaberta para ver se pegava os brinquedos "no pulo", mas, infelizmente nunca obtive sucesso.
 
Admito que essa imaginação toda não foi muito agradável quando vi o primeiro filme de terror, já que qualquer mancha que eu visse numa parede parecia que ia sair um espírito dali. Lembro que eu passei anos fazendo funerais para cada escova de dente que eu trocava, já que tinha plena certeza que alguns objetos tinham sentimentos, consciência e mereciam no mínimo uma cerimonia fúnebre,  já que iam para o lixo.
 
Algo específico que eu tento entender até hoje, foi na época que ainda estava rolando a febre da novela Mutantes, e eu e uns amigos percebemos que era algo completamente plausível sermos mutantes. Quem nunca? Então depois de decidirmos que era completamente possível e real, foram meses a fio a gente falando a sério sobre isso, a ponto de lutarmos com um homem invisível, eu imagino alguém vendo a cena peculiar de três crianças socando o ar e apanhando dele, enquanto faziam movimentos de vampiros ou lobisomem, claro. 
 
Um desenho Brasileiro que retrata muito bem essa imaginação muito real que a gente tem na infância, é "Irmão do Jorel". É impossível não se encantar com a animação e o jeito muito engraçado que vão se desenrolando as histórias, sempre sem saber muito o que é real, o que não é. E é um tema quase infinito, já que todo mundo tem histórias de coisas que tinha certeza quando crianças e que depois perceberam que eram sonhos ou só não existiam mesmo.
 

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