Evandro Borges

19/07/2019 09h39
 
A fruticultura e as negociações coletivas de trabalho
 
A força da fruticultura irrigada no âmbito do agronegócio no Estado do Rio Grande do Norte em relação à geração de empregos e relações de trabalho tem uma História, com a participação intensa dos Sindicatos e da FETARN, com a unificação da data base dos Municípios do Vale do Assú e da Região Mossoró, com referências de algumas personalidades, que poderia citar alguns nomes: pelos trabalhadores de Francisco Urbano, pelos empregadores do Dr. Carlos e pelo Estado de Cláudio Gabriel. 
 
A fruticultura do agronegócio com uma fronteira em expansão e aumento da produtividade abarca inúmeros produtos, chegando a Apodi, Caraúbas, Felipe Guerra, Macau, Jandaíra e os Municípios já tradicionais, tais como: Mossoró, Baraúna, Assú e Ipanguaçú com empresas nacionais e de capital internacional, trabalhando as culturas do melão nas suas diversidades, melancia, manga, banana, e agora tubérculos e com a implantação de experiências em uva na Região de Apodi.
 
O segmento na sua maioria de empresas gigantes encontram terras consideradas baratas, água a disposição e utilização sem maiores controles e pagamentos, favorecidos pela qualidade do solo, e um sol maravilhoso para o desenvolvimento das culturas, contando com a academia na formação de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas formados pela Escola Agrícola de Jundiaí em Macaíba.
A formação do capital humano e social no âmbito das empresas, por mais modernas que sejam, voltadas para a conquista de mercados internacionais, principalmente da União Europeia e Americana, inclusive com as novas exigências dos consumidores que desejam produtos sustentáveis, tanto no aspecto ambiental e social, para um país que tem tradição e cultura de uma aguda distancia  das classes sociais, que vai de salários irrisórios, de condições inadequadas de trabalho e de marginalidade social no que diz respeito, a moradia, condições de saúde e na sua maioria no mínimo com analfabetismo funcional.
 
No decorrer de anos de negociações coletivas as condições de trabalho melhoraram em muito, como também a relação das empresas com o movimento sindical, mesmo com as diferenças que são inerentes, mais acima de tudo respeitosas, saindo da proibição da entrada nas empresas dos dirigentes sindicais para conversarem com os trabalhadores para a realização de reuniões e assembleias no local do trabalho.
 
Algumas empresas em seus produtos de algumas propriedades tem certificação e exibem diversos selos, um dos quais que representam o respeito pelo meio ambiente e pelo social, podendo citar duas destas empresas a Famosa Agrícola na Região de Mossoró e a Finobrasa no Vale do Assú, com uma concepção empresarial um tanto diferenciada, conseguindo manter o diálogo de forma mais permanente com os sindicatos.
 
A questão salarial é que precisa melhorar mesmo, devendo sair dos marcos do salário mínimo, haja vista, a sua diminuição de poder de compra melhorada significativamente no período dos governos trabalhistas de Lula e Dilma, com uma atual reversão de uma política específica para o mesmo, cabendo aos representantes dos empregados e empresas encontrarem um meio de consolidar o salário da categoria profissional que seja realmente diferenciado e que esteja no âmbito da dignidade humana.
 

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