Andrezza Tavares

28/04/2019 15h30
Andrezza Tavares
Luciano Santos
 
      
     O dia do trabalhador, celebrado internacionalmente no dia 1º de maio, é uma data reflexiva dedicada aos trabalhadores. Mas em tempos de reformas no Estado brasileiro, que coloca em evidencia os direitos sociais, sobre o que é importante pensar?
 
     O ser humano é uma espécie trabalhadora por motivação ontológica relacionada à essência do próprio ser e existencial relacionada à produção de labor para construir a si mesmo. O trabalho é, portanto, um campo de reflexão precioso para a espécie humana, pois a sua realização pode seguir clivagens contraditórias que se destinem à formação ou à deformação do conteúdo psíquico dos indivíduos.   
       
        O trabalho formador consiste no sentido da produção da existência a partir do atendimento das necessidades humanas. Nesse sentido, trabalho é prática educativa. Já o trabalho deformador consiste no sentido da exploração por meio de mecanismos articulados ao sistema econômico vigente, o que o reduz a mercadoria. Nessa clivagem, o processo de estranhamento entre o trabalhador e a plenitude de sua condição humana produz perdas fundamentais como identidade, direitos, saúde etc.
 
      A dinâmica econômica que apresenta o discurso em defesa da morte da criatividade pela negação da capacidade de abstração da realidade do trabalho está centrada nas teses do liberalismo. Já a dinâmica filosófica que exalta a condição humana integral do trabalhador está centrada no materialismo histórico-dialético. Para a filosofia da práxis, o trabalho deve ser princípio educativo, no sentido de ser formador e formativo do desenvolvimento humano.
 
        E você caríssimo leitor/trabalhador, como avalia as suas experiências atuais de realização laboral? Tem pensado sobre isso? Tal reflexão é vital para a saúde mental, social e orgânica de todos nós. Que esse pensar seja exercício cotidiano em todos os dias do ano.  
 

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