Luiz Gomes

23/07/2020 08h31
 
O advogado em tempo jus tecnologico
 
Vivemos em uma era muito conturbada. A velocidade nos alimenta e consome. Os relacionamentos são volúveis. Os interesses mais egoístas. O que realmente importa perdeu significado. É dessa forma que muitos de nós nos sentimos nos dias atuais.
 
Toda essa transformação também atinge a esfera do nosso trabalho profissional. Por um lado, acompanhamos uma revolução absurda nos processos, na profissionalização de um modo geral sintonizada cada vez mais com a tecnologia. 
 
O avanço da tecnologia nos faz enxergar o mundo com outros olhos. Queremos estar cada vez mais antenados. Fato é que as redes sociais digitais modificaram todo o sistema e a concepção da das relações sociais e da comunicação contemporânea, transformando-a num sistema novo e dinâmico, estabelecendo “teias” de informação que interligam diversos grupos sociais em redes.
 
A tecnologia nos permite, como advogados, movimentar processos e produzir petições online, mas também, atender clientes através de vídeo-chamadas, ou em conversas pelo facebook, Skype e demais redes sociais. Ademais a tecnologia nos permite conversar com clientes, realizar uma audiência através de vídeo conferência, sem a presença física do cliente, do juiz e da outra parte e seu procurador. Isso já é uma realidade no poder judiciário.
 
Destarte, o advogado atualmente deve incorporar ao seu trabalho as ferramentas de tecnologia disponíveis a tornar cada vez mais ágil a realização da profissão. Deverá ser capaz de operar com a tecnologia de softwares e bons equipamentos como eletrônicos como tablets notebooks, smartphones e outras modernidades vindas.
 
É neste ambiente que deve haver uma mudança de paradigmas, tornando a advocacia um serviço muito mais de equipe do que de um profissional individualmente, através da criação de redes de trabalho – networks – que racionalizem a realização e entrega dos serviços jurídicos, a ser construída de acordo com as necessidades, procedimentos e ritos de cada área do Direito.
 
A verdade é que a advocacia da geração de conectados ampliou drasticamente a entrega de serviços jurídicos com qualidade e acessos a informática, superando a advocacia artesanal. Porém, o advogado precisa estar muito mais qualificado e especializado, trabalhando com melhores e mais complexas ferramentas de TI, sendo capaz de atender com a mesma ou maior qualidade os clientes e gerando resultados rápidos e positivos, pois é o que a sociedade transnacional pós-positivista espera dos operadores do direito.
 
Neste contexto de avanços tecnológicos, crescer profissionalmente na área jurídica nos exige inovação, diante da complexidade das relações e da crise contemporânea, através da percepção das novas oportunidades. Uma Advocacia Empreendedora precisa de um advogado com poder de criação, coragem, dinamismo e planejamento estratégico. Se toda a tomada de decisão exige uma renúncia, a criatividade da advocacia empreendedora deve fazer um novo caminho com uma solução para dirimir novos problemas jurídicos que surgem com os novos anseios das pessoas.
 
Deste modo, a função nobre do advogado maneja com a maior soma de saber que é dado a um homem culto, pela própria natureza da sua função, pois que o direito pertence à classe dos fenômenos sociológicos, o mais complexo dos fenômenos.
 
Nesta altura do conhecimento humano, em campo e horizonte tão vastos, altas devem ser as vistas do advogado, no bom e verdadeiro sentido da palavra. Os dados que lhe servem de estudo, os atos que circungiram o seu oficio, são os mais abstrusos, que lhe exigem peculiar sensibilidade social e psicológica.
 
O advogado tem por obrigação estar em dia com a evolução cientifica e tecnológica, além das jurisprudências. Avulta mais em sua grandeza e nobreza o dever que tem o advogado em culminar todas as melhores qualidades: erudição, estilo límpido, moral elevada, postura e hábitos éticos. Não se compreende advogado com bruteza de espírito, de moral estragada, com manifestação sem convicção cientifica e cultural e sem conduta ilibada.
 
Concluímos que é muito amplo o campo onde o advogado moderno poderá exercer a sua profissão nestes tempo jus tecnológicos. Estende-se desde a conversa virtual com o seu cliente, com asserções da ciência prática do direito, o domínio das tecnologias usadas pelos tribunais para acesso e realização da justiça, gerando célere avanço das jurisprudências por meio de sentenças, acórdãos, decisões de nossos Tribunais por via virtual. 
 
Neste afã nobre e confortador, ao advogado não lhe sobra conveniências. Tudo é desprendimento: ao mesmo passo que advoga os altos interesses de uma classe social ou mesmo de toda uma população, cuida com igual carinho dos interesses dos desvalidos e descamisados como dos nobres e cultos. 
 
 

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