Evandro Borges

23/10/2020 00h04
 
A preferência pela governança
 
Os conceitos em cada eleição se modificam e se transformam. Cada processo eleitoral representa o seu momento próprio com suas especificidades e peculiaridades. Esta eleição é atípica pela pandemia do coronavírus, mesmo contando com uma redução da expansão, embora merecendo todos os cuidados preventivos, pois as mortes ainda pululam em todos os lugares, e ninguém deseja ser vítima e nem um número da estatística de óbitos.
 
A campanha exige um mínimo de conhecimento dos candidatos com os eleitores e vice e versa, candidatos completamente desconhecidos alegando que seja o novo ou alinhado incondicional de um candidato representativo, as pesquisas vêm demonstrando a pequena aceitação, de fato o eleitor está analisando com mais profundeza o perfil dos candidatos, as propostas e a capacidade de execução.
 
Na majoritária para Prefeito, os candidatos que não fizeram besteira e nem se atolaram em improbidades, que não atrasaram o pagamento dos servidores, que conseguiram captar recursos e aplicaram corretamente, edificaram obras tem levado a confiança do eleitorado e a vantagem nas campanhas, manifestada nas pesquisas eleitorais, mesmo com todas as dificuldades da propaganda da campanha.
 
Governança não corresponde está no governo, pois em muitos Municípios as oposições estão mobilizadas e com muita capacidade de obterem vitórias. Governança significa saber gerir, ter uma boa gestão, unir, capacidade para o diálogo, transparência e ética, honrar os compromissos, apresentar propostas, executar bem as obras físicas e sociais, saber articular projetos e captar os empreendimentos públicos e privados.
 
A legitimidade do candidato é condição de elegibilidade para o eleitorado, pois candidatos de última hora, estão sendo rejeitados, mesmo que apresente bem as propostas, e já está havendo uma tendência para as candidaturas do diálogo, que não estão nos extremos, da direita e da esquerda, pois, na crise, as propostas de saída e que manifestam as condições de governabilidade estão na frente.
 
A oposição por oposição, a crítica exacerbada e sem propostas, o denuncismo, as inverdades, “as fakes”, discurso completamente alheio com os fatos, a piada e o engraçado, estão sendo rejeitados, as propostas precisam ser viáveis, com origem e demonstração do seu financiamento, sem arcos de aliança e representatividade os candidatos não crescem na campanha.
 
A campanha é diferente pela pandemia do coronavírus, pela utilização das ferramentas das mídias sociais que oportunizam debates, propostas e demonstração do perfil de cada um, pelas novas regras eleitorais, como é o exemplo das eleições proporcionais para vereadores, com nominatas maiores, com mais alternativas, dentro de um leque maior de opções de candidaturas.
 
O eleitorado não quer risco, não quer aventuras, os exemplos estão em todas as esferas e em inúmeros Municípios, a governança passou neste processo eleitoral a ser um fator decisivo, não significa que o eleitorado não possa cometer erros, que haja verdades absolutas, que as pesquisas não se confirmem, pois em eleição e na política é possível o quadro ser alterado, mas, o eleitorado está zeloso pela governança para superar as crises. 
 
 

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