Cefas Carvalho

27/01/2021 08h55
 
Quartel Swampy é aqui: A turma do Recruta Zero governa o Brasil
 
 
Quem foi criança nos anos 80 e teve acesso a Histórias em Quadrinhos de bancas de jornal lembra bem do Recruta Zero, publicação mensal que fazia muito sucesso entre jovens e adultos, com as peripécias de um grupo de oficiais e de soldados rasos no curioso Quartel Swampy. 
 
Nas histórias, acompanhávamos as desventuras do preguiçoso recruta Zero e seus amigos Roque e Dentinho às voltas com o truculento Sargento Tainha e oficiais de alta patente entre o pitoresco e o aloprado mesmo. Isso em plena Ditadura Militar no Brasil...
 
Não obstante a HQ, a imagem que tínhamos do Exército brasileiro não era exatamente de bagunça e alucinação. Mas, de truculência e um rigor que justamente execram manifestações mais progressistas. Enfim, uma instituição com uma desagradável sede por controle e vigilância (às vezes por poder) mas com regras fixas e eficiência. Impressão que se manteve mesmo nos governos " comunistas" (atentem para as aspas) de Lula e Dilma, que mantinham relação republicana e respeitosa com as Forças Armadas.
Sim, considerávamos a eficiência e preparo do Exército, apesar das críticas ideológicas. Isso até surgirem Bolsonaro, Heleno e Pazuello.
O primeiro, eleito presidente graças a um golpe parlamentar-judiciário-midiático, um mero capitão paraquedista expulso por indisciplina. Um zero (ops) à Esquerda (ops). Mas, Heleno e Pazuello... estes, generais.
 
Heleno, que teve ação desastrada e violenta quando comandava tropas no Haiti e criticado pela ONU foi afastado por Lula (por quem ganhou mágoa eterna), é o responsável pela Inteligência do Governo e da logística do presidente. O que não impediu que se encontrasse na Espanha 39 quilos de cocaína em pleno avião da comitiva presendicial. Além de outros atentados ao bom senso e lógica.
 
Já Pazuello, que nos foi apresentado como ´especialista em logística` já mostrou em diversas oportunidades que é especialista mesmo em fazer trapalhadas. Ou, pior, inércia que gera morte. Como no caso da falta de cilindro de oxigênios em Manaus. Na lentidão e inépcia em adquirir vacinas e insumos. Na falta de contato com a China e demais países produtores de insumos e vacinas. Enfim, um desastre completo, Fora as declarações sem sentido ou absurdas. A pergunta que se faz é: Como alguém como Pazuello consegue chegar a general? 
 
Enfim, este desgoverno coalhado por militares vem arranhando na opinião pública, mesmo aquela de Direita e/ou com tendência conservadora e de respeito solene às instituições, a imagem do Exército. Bolsonaro se imaginava ao assumir, um balurate mundial do militarismo, mas não passa mesmo de um sargento Tainha em um enorme quartel Swampy chamado Brasil.
 

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