Eliade Pimentel

11/02/2021 08h33
 
Para todo problema, uma solução
 
Há quem prefira também o ditado “o que não tem remédio, remediado está”. Sim, meus amigos e minhas amigas, venho por meio deste informar que eu odeio problemas, algo que eu imagino ser comum a todo mundo. No entanto, eu tenho forte em mim o desejo de mudanças, por isso estou numa fase em que nem gosto de me referir aos mesmos, visto que eles existem e continuarão existindo, pois gosto mesmo é de buscar as soluções.
 
Se os serviços públicos não funcionam, procuro saber quem é a pessoa responsável pelo setor e fico no pé até conseguir soluções sobre consultas, exames, sistema de transporte, coleta de lixo, segurança etc. Só falar, só compartilhar em redes sociais não nos levarão a nada. Enquanto alguns estão ali desabafando, eu estou procurando um contato de alguém que possa ajudar, estou mandando mensagem para outra pessoa pedindo socorro e por aí vai. 
 
Acredito que sempre fui assim, mas ao longo dos anos tenho apurado mais esse meu senso prático. Uma das minhas características é não ter vergonha de nada. Seja no trabalho, na rua, nos lugares em que frequento, e isso me dá uma maior autonomia. Exemplo: eu não me constranjo de fazer ligações para pessoas importantes, mesmo fora de hora. Se é para resolver, arregaço as mangas e vou à luta. 
 
Aquela frase clássica: “missão dada é missão cumprida” tem sido bastante usada ultimamente por mim. Ao menos, internamente. Acho horrível deixar um trabalho inconcluso por falta de dados. Vamos pesquisar, gente, vamos dar novos rumos a uma missão difícil. Não desanimem. Na lida doméstica, sabão em pó diluído vira detergente quando o item acaba na despensa, limão é utilizado como desengordurante e restos de comida são jogados no quintal. 
 
Sem falar na esponja de aço e na esponja usada da pia que vão para a limpeza do banheiro. Isso só para citar pequenos exemplos de soluções caseiras que otimizam nosso dia a dia. Desculpinha para deixar a louça suja? Tenho não. Apesar de que de vez em quando bate aquela preguicinha sim. A solução, nestes casos, é respirar bem fundo e lembrar da benção que é ter feito as refeições que resultaram naquele monte de vasilhas sujas. 
 
Cansada de dizer que não tinha jeito com plantas, comecei a colocar a mão na terra. Tenho prosperado nesse quesito, entre diversas tentativas e erros, e isso faz com que eu me sinta fortalecida enquanto ser vivente. No campo doméstico, tenho demorado a solucionar algumas coisas que não dependem exclusivamente de mim, mesmo assim, às vezes forço a barra e consigo a parceria certa. Como assim, vocês devem estar pensando. 
 
Refiro-me quando a gente provoca a reação de uma pessoa próxima e a solução esperada chega no "empurrão" mesmo. Cada qual reage a um estímulo. Cabe a nós descobrirmos como as pessoas ao nosso redor se comportam. Não adianta a gente reclamar que fulano não faz isso, ou ciclano esqueceu de tal coisa. Como eu disse noutro texto, tem gente que não colabora porque não sabe. Observe se o problema é esse e apresente logo a solução. Tenho até uma tática: quando alguém me pergunta minha opinião sobre algo que não tenho muita certeza, como acontece com minha chefe às vezes, eu raciocino rápido para dizer algo e nunca digo simplesmente "não sei". 
 
O importante é oferecer segurança para quem necessita de nós. Minha filha outro dia estava em dúvida numa equação e eu chutei uma explicação e saí correndo, rezando para eu estar certa. Batata. Deu certinho. Mas, e se eu tivesse errada? Bem, nesse caso, eu teria ensinado a ela a importância de alcançarmos a solução através das tentativas e erros, em vez de estarmos maldizendo o problema. Eu penso que da mesma forma que existem dois lados da moeda, para cada problema existe uma ou mais soluções. E muitas vezes eles estão diante do nosso nariz. 
 
Outro dia soube de um jovem rapaz  casado que abusou de ouvir da companheira a tal história da dor de cabeça, que tem ocorrido com frequência na moça justamente naquelas horas em que a pessoa está doida para um xenhenhém. Ele pensou numa solução muito prática, além de bem-humorada: foi à farmácia e comprou um envelope gigante de analgésicos. Eu não soube do veredicto, se deu certo ou não, mas achei muito louvável a atitude do cara. Tipo: ou dá ou desce, minha querida! Ou seja, se não estiver mais a fim do cara, pega outro rumo e deixa o caminho livre para ambos.
 
E assim, está dada a dica. Problemas todos nós temos. Compreendo que vislumbrar o melhor caminho a ser seguido deve ser considerado uma prática, e não uma utopia. Sejamos realistas. Viva a práxis!   
 
 

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