Wellington Duarte

13/02/2021 00h04
 
O saracoteio do mandrião e a dança da morte
 
 
O Banco Central nesta sexta-feira (12), divulgou seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br). Considerado uma “prévia” do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que aponta uma queda de 4,05% em 2020. O PIB será divulgado em 03/03 de março, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de cem instituições financeiras na semana passada, mostrou que o mercado estima uma retração de 4,3% para a economia brasileira em 2020. Já o Ministério da Economia, comandada por Paulo Guedes, o dr. Pangloss tupiniquim, projeta uma queda de 4,5%, enquanto para o próprio BC o tombo será de 4,4%.
 
E enquanto o país já conta mais de 236 mil mortos, com mais de MIL mortos por dia, o Bolsonaro se preocupa em difamar seus adversários, especialmente o governador do Maranhão, Flávio Dino, alvo recente de suas difamações criminosas. Na verdade todas as quintas-feiras, o presidente da república, um desbocado desqualificado, presenteia sua horda com lives bizarras, onde se delicia consigo mesmo, contando mentiras, desrespeitando todas as regras de comportamento do cargo e demonstrando ser um elemento que atua como dono de um botequim de esquina ao invés de Chefe de Estado.
 
Bolsonaro é um exemplo de como este país tem suas instituições republicanas acanalhadas e infelizmente pouco sobre. Hoje o Executivo é comandado por um mandrião genocida, que levou nosso país ao esgoto da geopolítica e transformou o país num imenso cemitério, com sua sabotagem aos que combatem a pandemia; um Legislativo que é, de fato, um balcão de negócios escandaloso, onde o que prevalece é a negociata com o Executivo, tudo feito de forma aberta; e um Judiciário patético, em que as leis são “ajustadas” para não prejudicar os interesses das elites, hoje comandada pelo mercado financeiro.
 
Enquanto as famílias perdem seus entes queridos diariamente, e outras tantas tem que prestar assistência aos que sofrem e sofrerão as sequelas da praga, Bolsonaro ri da nossa cara, faz piada, “tira onda” e, protegido pela leniência do ex-presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia e, tudo indica, pelo novo presidente, Arthur Lira, que impede a discussão dos mais de 60 pedidos de impedimento, que mofam nas gavetas do titular do cargo, Bolsonaro saracoteia país afora.
 
Esse texto parece ser repetitivo, visto que desde que esse elemento tomou posse, em 01/01/2020, o país mergulhou numa viagem ao passado, com todos os requintes de crueldade, atingindo principalmente os mais pobres e jogando todo um país numa espécie de distopia sombria.
 
Uma oposição enfraquecida e uma sociedade letárgica, talvez porque uma parte dela foi responsável por toda essa situação, somada aos efeitos da COVID-19, parecem sustentar esse flagelo político e, infelizmente, muitos brasileiros ainda vão morrer e muitos outros terão seu futuro comprometido, antes que essa aberração chamada Bolsonaro, seja jogado no lixo da história.
 

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