Evandro Borges

19/02/2021 00h05
 
O pluralismo e as posições com racionalidade
 
A sociedade brasileira está cansando de posições sectárias que afrontam a construção do Estado Democrático de Direito que vem sendo edificado no decorrer dos anos, tendo como marco a promulgação da Constituição de 1988, considerada a Constituição cidadã, com muitos senões, mas, amadurecendo as instituições e o exercício da cidadania. A falta da capacidade de convivência entre os contrários e a ausência de tolerância para o diálogo é inaceitável.
 
Os ataques às autoridades e as instituições, o incentivo a grupos de atos contra a democracia, de forma exacerbada para manter lideranças não pode continuar a prosperar. Os agentes políticos precisam pautar suas ações dentro da razoabilidade, da convivência da diversidade, acabar com ameaças, ser mais tolerantes, fazer o diálogo e o entendimento fluir para as transformações que possam apontar um desenvolvimento com sustentabilidade e inclusão para os brasileiros.
 
A qualidade de vida deve ser para todos os brasileiros que se encontram sufocada com as políticas econômicas. Chega de tanta violência de todas as naturezas. Não é possível abertura de tantos guetos comerciais e residenciais. A sociedade brasileira é plural e deve se expressar com liberdade e com capacidade de convivência acompanhando o desenvolvimento humano, as transformações precisam ser realizadas encontrando um projeto democrático e nacional, sabendo que estamos em uma casa comum.
 
As novas ferramentas das novas tecnologias não podem ser utilizadas para desinformar, para gerar mentiras, criar divisões e diferenças, mas, para produzir conhecimentos, unir distâncias, facilitar a vida, produzir ciência, incluir a todos, melhorar as relações humanas, e contribuir para enfrentar desafios, alguns deles o desemprego estrutural e o equilíbrio ambiental.
 
Quando três naves de países diferentes chegam ao planeta Marte e a descoberta de milhares de exoplanetas que circundam as suas estrelas, não se consegue resolver uma pandemia que vai deixando um rastro de mortes e desalentos. E um Deputado realiza um ataque verbal sem nenhum propósito a um dos poderes da República, e depois simplesmente, tentar se esconder no preceito da imunidade parlamentar.
 
O país precisa de civilidade, nada de totalitarismos, a humanidade já conhece as suas consequências nefastas e seus obscurantismos. É preciso de posições com racionalidade e de convivência humana, nada de segregação, se pode divergir com respeito e procurar as transformações e mudanças com base em consensos e formação de maiorias, pois a imposição e da força está no passado da jornada da humanidade na casa comum.
 
O Brasil é de miscigenação cultural e de origem, portanto plural, merecendo um pacto de convivência contemporâneo, baseado na civilidade constitucional, com um legado de desafios enfrentados historicamente que precisa ser apreendido, de um potencial imenso, ensejando posições dentro da racionalidade, para seguir em frente. 
 
 

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