Wellington Duarte

20/02/2021 10h50
 
A longa noite de uma nação chamada Esculhambaquistão
 
 
Pindorama, a terra das palmeiras, local mítico dos povos tupis-guaranis, que seria uma terra livre dos males, foi conspurcada pela chegada dos selvagens vindos da península Ibérica e que trouxeram a civilização cristã e mais um monte de milacrias e que resultou, seiscentos e oitos anos depois, resultou numa nova invasão, desta feita através de uma coisa chamada eleição, feita sob o reino das Fake News, e que elegeu para a presidência um outro selvagem: o mandrião do Planalto.
 
Até poucas horas atrás, 243.457 brasileiros tinham perecido, abatidos pela COVID-19 e certamente, conforme atestam todos os documentos e posicionamentos públicos destes governantes, assassinados pela sabotagem escancarada do governo central, que fede a genocídio. De março para cá, mais de VINTE E DOIS MIL morreram a cada mês, e mais de NOVECENTOS MIL foram contaminados a cada mês.
 
O país, que está como um bêbado no que se refere à vacinação, é um chafurdo completo, com as instituições cada vez mais desmoralizadas pelos agentes públicos, a maioria eleitos pelo povo, e que estão sendo, de novo, atacada pelos selvagens de 2018. Um governo central completamente errático, com um presidente mandrião, cuja única ação visível e uma “live” grotesca das quintas-feiras; que tem um ministro da Economia que simplesmente está aguardando o país sucumbir, para que ele possa vender todo o patrimônio público.
 
A cada dia que passa o chafurdo vira banzé, barafunda, assuada, azáfama ou qualquer outro substantivo que melhor represente essa esculhambação com consequências macabras. Nessa semana foi a vez dos combustíveis, que estão com reajustes quase semanais, não por causa dos impostos, e sim pela política da Petrobrás de alinhar preços ao mercado internacional de petróleo, e que muitos, inclusive gente de boa índole, acabaram endossando o discurso mequetrefe do mandrião, que ameaçou “zerar os impostos”, ou seja, Bolsonaro, mentiroso contumaz, joga a responsabilidade destes e dos próximos reajustes, que certamente virão, nas costas dos governadores e escamoteia que sua “bela” proposta atinge a sociedade sem mexer nos lucros das distribuidoras e dos produtores de álcool e muito menos dos que recebem os dividendos gerados pelas vendas da empresa, que já foi estatal.
 
O parlamento, que hoje se ocupa em julgar um safardana fascista, e que promete chafurdar a vida de 11 milhões de servidores públicos ao ameaçar concretamente em reduzir os seus salários em até 25%, se a situação fiscal assim exigir, coloca a guilhotina na cabeça destes braZileiros, agora colocados como bodes expiatórios das mazelas produzidas pela incompetência dessa equipe econômica, que sinceramente beira ao ridículo.
 
Espertamente o mandrião mistura tudo e joga para cima, pois já afirmou, em diversas ocasiões, que não tem capacidade de governar e sim de enchafurdar, adora a confusão e que, no seu delírio de poder, quer é o país entre em “parafuso político” e que os milhões que se encontram na miséria olhem para ele e no seu desespero, o escolham como o “salvador”, ou seja, Bolsonaro, responsável direto por ter jogado esses milhões de volta à pobreza e à miséria, os “salvará”.
 
Diante desse quadro bizarro, um colega me perguntou onde ficava Pindorama, pois ele queria fugir da República do Bolsonaristão ou, como já se fala lá fora, Esculhambaquistão. 
Prá Frente BraZil!
 

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