Cefas Carvalho

07/04/2021 00h01
 
Rumo aos 400 mil mortos
 
 
O CONASS (Conselho das Secretarias de Saúde dos Estados) divulgou os números da Covid-19 no país atualizados, às 18h de ontem, terça-feira. E os números se mostraram trágicos.
 
Em 24h, foram registrados 86.979 novos casos e 4.195 mortes. Ainda que com os não registrados no fim de semana, que acabam contabilizados entre segunda e terça, um número assustador. Um recorde desde que começou a pandemia. E o Brasil ainda não havia ultrapassado a marca dos 4 mil mortos por dia, marca que somente EUA e Peru (!!!) haviam atingido em todo o Mundo.
 
Até esta manhã de quarta-feira, sem considerar a subnotificação, o total de brasileiros e brasileiras que morreram por Covid no Brasil é de 336.947.
 
Um número triste que deve ser registrado e chorado. Mas, teremos de guardar lágrimas para o mês inteiro de abril, que esyá apenbas começando. Especialistas garantem que no atual cenário aumentarão os casos e óbitos diários, se mantendo no patamar entre 4 mil e 5 mil mortes diárias.
 
Caminhamos rapidamente para os 400 mil mortos. Enquanto praticamente todos os outros páises do Mundo estão em ritmo de redução de casos e mortes, o Brasil corre rumo ao precipício, como se em um processo de auto-destruição.
 
Sim, porque se o vírus foi uma surpresa global e as infecções muitas vezes dificeis de serem evitadas, no Brasil a disseminação foi um projeto de Governo. Aliás, deste desgoverno que já vem tendo sua mistura de sadismo com inépcia denunciada pela imprensa internacional.
 
Por aqui, acompanhamos desde o começo o desgoverno primeiro negligenciar o vírus ("uma gripezinha"), depois insistir que haveriam poucos mortos, e mais além trabalhar contra as restrições e lockdown, desestabilizar governadores e prefeitos e, principalmente, fazer de tudo para atrasar a vacinação.
 
O desgoverno Bolsonaro trabalha com afinco para que cheguemos aos 400 mil mortos. E vai conseguir.
 
Passei um bom tempo contrário a associar eleitores de Bolsonaro a mortes, na esperança de diálogo com parte deles, e vendo as pesquisas, percebo que substancial parcela deles não votarão novamente no "mito".
 
Mas os que ainda apoiam esse projeto genocida, esses tem sim as mãos de sangue. Compactuam com o projeto de morte. Certamente vão comemorar junto com o Messias deles os 400 mil mortos que chegarão ali pelo final de abril e começo de maio. Que carreguem esses óbitos na consciência e na alma, se é que ainda a têm. 
 
 

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