Cláudia Fragoso
17/10/2021 08h55
Até quando teremos que prestar contas?
Já tem namorado? Já sabe qual curso vai fazer na faculdade? Quando você noiva? E o casório, é quando? Vão ter filhos logo? Está estudando para concurso? E o segundo filho, vem quando?
Se você é mulher, muito provavelmente, em qualquer fase da vida, passa por essa sabatina de perguntas que duram todo o ciclo da vida. Não que os homens não sejam cobrados, mas acredito que o teor das perguntas e a intensidade são outros.
Viver procurando “dar satisfações” o tempo inteiro ao mundo pode ser extremamente cansativo e avassalador, principalmente se você já está na angústia de não ter um emprego ou não saber se casa, se quer ter filhos ou se ser concursada é o melhor caminho. E a verdade é que nunca saberemos se nossas escolhas estão corretas. Algo que funciona para mim e que pode fazer sentido para você é que escolhemos o melhor possível, dentro das condições que tínhamos naquele momento”.
Ainda estamos lutando pela garantia de diretos iguais para homens e mulheres e essas cobranças retratam o peso de buscarmos uma “vida perfeita” aos olhos da sociedade. Mas a grande questão é: A VIDA MUDOU!
Hoje não precisamos mais namorar, fazer faculdade, noivar, casar, ter filhos e estudar até passar num concurso! Não, não precisamos! Queremos? Talvez sim, talvez não. Talvez queiramos apenas uma dessas coisas ou todas ao mesmo tempo! O fato é que não devemos nos encaixar em quaisquer moldes que nos ditem o que quer que seja! Somos livres para viver!
E nessa liberdade, criamos a vida que faz sentido para nós! Que possamos, no entanto, ter SORORIDADE! Essa palavra vem do latim, sorór, que quer dizer “irmãs”. Sororidade é a ideia de solidariedade entre as mulheres, que se apoiam e se unem para conquistar a liberdade que desejam. É importante falar sobre essa união, uma vez que muitas mulheres ainda se comportam como se estivessem competindo umas com as outras e, por vezes, suas falas se resumem a cobranças em relação a trabalho, casamento, filhos, culto ao corpo perfeito, entre outras coisas.
Se você é homem, procure compreender mais as mulheres que lhe rodeiam, dê voz e vez a cada uma delas! Você, definitivamente, precisou de pelo menos uma delas! Não seja um babaca que silencia a voz das mulheres quando está em uma roda de “machos alfas”. (Sei que você não é esse tipo só por chegar até aqui no texto! Um babaca não conseguiria ir até o fim dessa leitura!).
Agora se você é mulher, irmã, que possamos juntas estar mais presentes na vida de outras mulheres:
● Ligando para algumas delas só para saber como estão (e estar disposta a ouvir, não perguntar só para “cumprir tabela”)
● Marcando encontros entre amigas
● Fazendo o máximo de esforço possível para abrir a sua mente e se livrar dos preconceitos que existem em você (existem em mim e em todas nós) ao ouvir uma história que você julga como “errada”
● Orando por outras mulheres
● Apoiando empreendedoras, mães, esposas, solteiras...
Acredito em um mundo mais igualitário, mas isso precisa começar dentro de nós, em especial na educação dos filhos para que desde cedo aprendam a importância de sermos uma comunidade, assim como Deus nos fez para sermos!
*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).