Cláudia Fragoso

15/02/2022 10h33

 

QUAL O SEU PADRÃO DE COMPORTAMENTO? (PARTE II)

Você sabia que existe um padrão de comportamento que permite que as pessoas possam ser “decifradas” por meio dele? Há uma maneira de agir que se repete em cada um, que transparece a sua tendência de se comportar diante das mais variadas situações da vida. Já falei aqui sobre o padrão “aberto” ou “fechado”, em que alguém se mostra de forma disposta a demonstrar emoções ou sentimentos e desenvolver relações interpessoais (pessoas abertas) ou o contrário (pessoas fechadas).

Vamos conversar agora sobre o padrão “direto” ou “indireto”, que se relaciona à quantidade de controle e força, que uma pessoa tenta exercer sobre situações, pensamentos ou emoções de outras pessoas. Você deve conhecer pessoas que relutam muito para dar suas opiniões em reuniões e outras que parecem ter extrema facilidade para falar o que pensa, às vezes até de forma excessiva. Como já falei antes, aqui não existe certo ou errado, são apenas formas de se comportar que diferem e todas têm vantagens e desvantagens, a depender da situação. Assim como também não é uma escolha ser de uma determinada forma, embora em qualquer que seja o seu padrão, há formas de crescer como pessoa e profissional.

Pessoas com o comportamento mais direto, decidem ou mudam de forma rápida e espontânea, contribuem nas conversas em grupo, gesticulam e usam o tom de voz e linguagem corporal assertiva para enfatizar pontos de vista, expressam opiniões prontamente, são impacientes, competitivas e confrontadoras. São também intensas, assertivas e mantêm contato visual enquanto falam e tendem a quebrar políticas e regras pré-estabelecidas. Já aquelas que são mais indiretas, têm a tomada de decisão e mudança lenta e cautelosa, não contribuem com frequência nas conversas, enfatizam pontos através do conteúdo das mensagens, tendem a fazer observações qualificadas como “De acordo com minhas fontes...”, são reservadas em se expressarem e opinarem, são mais pacientes e cooperativas, são diplomáticas, introvertidas e reservadas. O contato visual dessas pessoas costuma ser intermitente e têm um aperto de mão gentil.

Acredito que após essa explicação sobre as diferenças entre esses dois tipos de padrão comportamental, você já deve ter descoberto o seu e talvez os de outras pessoas com as quais convive. O que fazer com essas informações? Se você leu o meu texto anterior, sobre as pessoas “abertas” e “fechadas”, agora já tem duas informações importantes acerca da sua forma de agir no mundo. Saber que outras se comportam diferente por causa do seu padrão e não por uma birra, teimosia, para lhe confrontar ou por outros motivos, pode mudar a sua relação com ela. Além disso, você precisa estar atento à sua comunicação. Muitas vezes a forma como você fala algo para alguém pode não ser compreendido por ela ser, por exemplo, fechada e indireta. Nesse caso, se você força essa pessoa a dar sua opinião em uma reunião importante, não espere que ela simplesmente fale claramente o que pensa. Provavelmente um outro tipo de abordagem faria mais efeito.

Nos próximos textos falaremos sobre como todos esses aspectos do comportamento, juntos, formam um padrão só e como conhecer o seu e o do outro pode contribuir para você se relacionar melhor no trabalho, ser um líder mais assertivo, dar e receber feedback, etc.

 

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