Wellington Duarte

08/04/2022 11h41

 

Aqueles que merecem o esquecimento

O deputado estadual André Luiz Vieira de Azevedo, que se declara publicamente como “coronel” Azevedo é uma daquelas aberrações eleitas na degeneração política ocorrida nas eleições de 2018, quando foi eleito deputado estadual pelo Partido Social Liberal (PSL), um monturo político, colocado a disposição de Jair Bolsonaro, com 27.606 votos. Foi eleito com um discurso belicoso e calcado no ode às armas e se apresentando como um daqueles que pertencem ao “Partido Militar” que enfiou na luta política, milhares de militares que se ancoram na violência e nas suas corporações. Aqui no RN, além desse “coronel”, temos o tal de “general” Girão. 

Os ataques, sincronizados, ao ex-presidente Lula, com arma em punho e ameaças de morte, explícitas, mostram o quanto essa turma reverencia a morte e tem o desprezo pelas leis, já que se um militante de qualquer movimento social de esquerda, aparecesse com arma em punho, ameaçando o Mandrião, veríamos “surtos civilizatórios”, inclusive da imprensa progressista.

A atitude desse deputado, que hoje está nos quadros do Partido Social Cristão (PSC), e que está acoplado aos interesses de Rogério Marinho, outra milacria produzida pelo nosso atraso da tal “cultura política”, é, de fato, perigosa e se o presidente da Assembleia Legislativa não estivesse “cozinhando o galo” e fazendo o papel de “noiva”, já teria entrado com recursos legais para punir o ato pusilânime dessa figura patética.

Esses militares, acostumados a gritar e dar botinada, encaram a política não como uma arena política de debate público, mas como uma “rinha de galo”, em que as esporas falam mais alto. Expor, em redes sociais, armas em punho; e chamar outros de “ladrão” e “cachaceiro”, o que valeria um processo nas fuças. A torpeza dessa ação se baseia, pelo menos é o que parece, na certeza da impunidade.

Enquanto os trabalhadores têm sua renda real mínima abaixo dos níveis de 2012, portanto os trabalhadores recuaram uma década na sua qualidade de vida, esse deputado se motiva pelo ódio e pela mais absoluta falta de cidadania. É mais um brucutu lançado à condição de representante do povo.

Que projetos esse deputado apresentou desde 2018? Que debates propositivos esse elemento trouxe para na Assembleia Legislativa? 

Façam uma reflexão e vejam se esse militar aposentado que se fantasia de militar da ativa quando lhe convém, merece ser reeleito e continuará a ser essa representação da falta educação, que deveria ser a base do comportamento político de um representante do povo.

 

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