Evandro Borges

29/04/2022 11h37

 

O prejuízo da inframérica operadora Aeroporto Aluízio Alves
 
 
As mídias sociais tem noticiado o prejuízo da operadora inframérica acumulado até o ano de 2021, na ordem de um bilhão e duzentos milhões de reais. O aeroporto está no processo de devolução e articulado outro leilão para sua operacionalização. O Aeroporto tem a finalidade de receber cargas projetado para ser um dos maiores do país, quase uma compensação ao Estado do Rio Grande do Norte e para passageiros. 
 
Durante a sua construção até a sua inauguração estava projetado pelas boas condições de proximidade com a África e Europa, rotas consolidadas desde os primeiros hidroaviões que desciam as margens do Rio Potengi na Rampa, e durante a segunda guerra mundial com a escolha da Base Americana estabelecida em Parnamirim, portanto a adequação da localidade é indiscutível.
 
O aeroporto de cargas era compensação ao Estado pelo pequeno porto em Natal com dificuldades de acesso para navios de grande calado, espremido entre os portos de Pernambuco, Ceará e de Cabedelo na Paraíba. Afinal as cargas que seriam transportadas seriam consideradas nobres e de alta tecnologia, chegando com rapidez do ponto de embarque para os centros consumidores. De fato seria uma grande ganho para o Estado.
 
Ainda no curso da construção do Aeroporto, o Estado ganharia duas ZPEs polos de produção industrial semelhante ao de Manaus, zonas francas de processamento industrial de exportação uma em Macaíba e outro na Região de Assú, ambos interligados ao novo Aeroporto situado em São Gonçalo do Amarante, com decretos presidenciais publicados e festejados no Estado.
 
Em face da inauguração a Lufthansa empresa aérea da Alemanha estabeleceu logo um voo para o Aeroporto de São Gonçalo transportando cargas, inclusive recebendo as frutas advinda do polo de Petrolina de Pernambuco. O Estado do Rio Grande do Norte começou a disputar o Hub da Latam com Pernambuco e o Ceará melhorando as condições de vias de acesso com a estrada Metropolitana e construindo uma ponte no Rio Potengi.
 
Ainda havia uma promessa do hub dos Correios, e foram providenciados voos internacionais de Buenos Aires, Lisboa, de Cabo Verde, da Itália com o potencial turístico do Estado e da excelente rede hoteleira, copa de futebol e construção do Arena das Dunas de multiuso, diminuição das alíquotas de ISS de São Gonçalo, diminuição das alíquotas tributárias do querosene de avião e o IFRN do campus de São Gonçalo chegou a proporcionar cursos técnicos dirigidos para o novo Aeroporto.
 
Na esteira da viabilização do Aeroporto foi pensado até o transporte de querosene de avião por dutos desde a Refinaria Clara Camarão estabelecida em Guamaré, e agora o anuncio deste petardo de prejuízos da operadora privada com experiência em outros aeroportos, coloca um novo desafio para a Região Metropolitana de Natal e para o Estado.
 
É de se considerar que o segmento do turismo foi um dos mais abalado com a crise sanitária da pandemia do covid – 19 e o Aeroporto Augusto Severo em Parnamirim já foi desativado. Os prejuízos devem ser mesmo explicitados para conhecimento e o mostrar o tamanho do desafio que se tem pela frente. O Estado precisa do Aeroporto. A discussão deve ser incluída na pauta das eleições, pois o equipamento consiste em fator por demais importante para qualquer projeto de desenvolvimento. 
 
 
 

 


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