Evandro Borges

03/06/2022 08h38

 

Um banho de cultura e identidade nordestina em Campestre/RN
 
 
A Casa da Cultura Popular de São José do Campestre/RN, também denominada Palácio Borborema Potiguar, situada a Avenida Getúlio Vargas, 881, Centro, foi inaugurada em dezembro de 2008 no governo da Professora Wilma de Faria, pela Fundação José Augusto, sendo restaurado com recursos destinados da Lei Aldir Blanc para o Município de Campestre/RN.
 
Na casa funciona a Banda Marcial denominada de “Fanfarra”, a Banda Filarmônica e o xaxado da Associação dos Amigos da Casa da Cultura. A casa é vinculada a Fundação José Augusto, também, dar suporte a Associação e a Secretaria Municipal de Cultura. O Município celebrou um convênio para a manutenção necessária da estrutura.
 
Estive na Casa da Cultura acompanhado com o Prefeito Neném Borges, o Vice-Prefeito Aribaldo Lima, vereadores recebido pela Secretária Municipal da Cultura, a Sra. Jocélia Danielly Lima da Paz, pelo Prof. Assis Andrade representante da Associação, um militante da cultura e por Diana Braz, Agente Cultural do Estado, que nos proporcionou uma visita guiada a exposição das obras da pinacoteca do Estado que percorreu as Casas da Cultura instaladas no Rio Grande do Norte.
 
A visita foi no encerramento, e tinha obras de R. Veríssimo, de Ariel Guerra Geni, Lourdes Guanabara, Maria Sergio, Ermínio de Souza, Eri Medeiros, Cristina Jácome, Ulisses Leopoldo e Amim Costa, pintadas nas diversas modalidades, de óleo sobre tela, acrílica sobre tela, marchetaria e óleo s/Eucatex.  Gostei dos títulos de Colheita de Algodão (1971), Forró na Praça (2005) e Ponta Negra (2013).
 
Na exposição um quadro do acervo da Secretaria Municipal de Cultura, posto no alto me chamou atenção retratando a primeira Capela de Campestre, realizada a partir de uma foto de 1937, no logradouro que se realizavam as festas natalinas. O pintor Marconi Melo, pernambucano de Recife, encomendada por Maria Noemia da Costa, filha de D. Conceição Amador uma das fundadoras de Campestre. É um belo quadro pintado a óleo sobre tela.
 
Em seguida nos dirigimos para o auditório, muito confortável e refrigerado, que já contava com a presença dos estudantes do ensino médio da Escola Estadual Diógenes da Cunha Lima, para assistir o xaxado da Associação, com um grupo musical e dançarinos vestidos a caráter com os instrumentos tradicionais do triangulo, zabumba, sanfona e acrescido de bateria e sax, um som que embalou a todas na riqueza da dança.
 
Foi interpretado o bando de Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, composto de adolescentes e jovens, uma maravilha para iniciar o mês junino, com os passos, batidas de pés no tablado no ritmo da música, com fuzis na mão e “Maria Bonita” com duas peixeiras, e ao mesmo tempo os dançarinos aos pares de homens e mulheres encenavam a música com toda a amorosidade e sensualidade em um verdadeiro cenário nordestino. 
 
Ao final usou a palavra o Prefeito Nénem Borges falando sobre a identidade e cultura representada pela jovialidade dos campestrenses e Diana Braz, agente de cultura da Fundação José Augusto, terminando com uma foto histórica do Prefeito com os estudantes da Escola Diógenes. Verdadeiramente, um banho de cultura e encontro com a mais genuína identidade nordestina.
 
 

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