Mônica Cavalcante

05/07/2022 00h05

 

FEMINIZAÇÃO DA POBREZA

 

Dizem que a pobreza tem cor, mas além de cor, ela tem também gênero e esse é feminino. 
 
A maior presença de pobres e extremamente pobres está entre as mulheres e este fato pode ter diversas explicações, mas uma das mais comuns refere-se à posição das mulheres na distribuição social do subemprego e da precarização da renda. 
 
Muito é referente à sua participação no mundo do trabalho, seus papéis e as relações sociais são definidas como mão de obra de serviços dos cuidados domésticos em escalas de horários de expediente, intervalo de almoço e sem garantias de folgas de repouso semanal conforme orienta as leis trabalhistas, decorrendo em desigualdades, além de acumulo e sobrecarga com sua própria rotina doméstica, fatores que promovem o sufocamento sobre as mulheres somadas em horas semanais, pois a mulher ainda é vista como a pessoa que deve assumir a função reprodutiva, os afazeres domésticos e cuidados de pessoas.
 
As Políticas Públicas devem ser formuladas considerando as mulheres como sujeitos políticos e de direitos, como parte que produz e reproduz, principalmente nos espaços de maior aglomeração humana que são as áreas urbanas, mas extensiva e de alcance em todos os territórios.
 
Interromper o ciclo da pobreza, do desemprego e subemprego, é um assunto necessário em nossos municípios em nossas áreas urbanas, rurais e litorâneas de forma urgente promover a cidadania para a maioria da população, e isto inclui a luta das mulheres contra o analfabetismo, os ciclos de violência e a sub-representação nos espaços públicos e privados.
 
É preciso repensar modelos, superar práticas equivocadas e excludentes, fortalecer as políticas públicas e opções de gestão, pois escancara-se a necessidade de termos uma sociedade que mantenham a garantia de acesso, de permanência dos direitos de forma universal e democrática.
 
A miséria e o flagelo da fome vêm se instalando em todo em nosso país, é fato. Mas é preciso que cada um faça a sua parte. 
 
As cidades devem ser mais inclusivas e democráticas com mais políticas públicas para as crianças, para mulheres e quem delas dependa. Uma cidade/município desenvolvida se constrói com políticas que representam ganhos na qualidade de vida para todas as pessoas.
 
A FOME não é sozinha um indicador da POBREZA. A pobreza está também na constante e destrutiva desconstrução da Saúde, da Educação, do Direito da inviolabilidade à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. A FOME é o ronco mais alto e forte do abandono que sofre nossa gente.
 
E a FOME precisa parar de ser tema para discurso. “Na vida, a coisa mais feia
É gente que vive chorando de barriga cheia”.
 
E falar sobre a pobreza também é uma QUESTÃO DE MULHER! Afinal, o fenômeno conhecido como FEMINIZAÇÃO DA POBREZA aponta exatamente para isso. 
 
A pobreza de alguns nos empobrece, a pobreza de muitos nos atrasam, mas a pobreza da mulher é uma indignidade humana.
 
E você, tem fome de quê?
 
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