Paiva Netto

03/08/2022 10h53

 

Desvendar a premonição: desafio da Ciência

 

Analisando os fenômenos psi, estudados pela Psicologia Anomalística e que apresento em minha obra Os mortos não morrem (2018), destaquei na revista JESUS ESTÁ CHEGANDO! no 110, de abril de 2011, uma pesquisa internacional sobre a capacidade de antever fatos vindouros:

O dom de prever o futuro é assunto antigo e até hoje intriga o raciocínio humano. Felizmente, a comunidade científica fortalece o debate de evidências e casos que vêm surgindo. Esse é o tema no qual se concentra o respeitado professor emérito de Psicologia da Cornell University (EUA) Daryl J. Bem. Sua pesquisa publicada, em março de 2011, no Journal of Personality and Social Psychology — conceituada revista da Associação Americana de Psicologia —, resultado de estudo desenvolvido por ele ao longo de oito anos, provocou ao mesmo tempo elogios e críticas de seus pares e da sociedade em geral.

Isso me faz lembrar um pensamento do talentoso Oscar Wilde (1854-1900), que o saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), costumava repetir: “Quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo”.

Demonstrando detalhadamente o método empregado — o que permite a reprodução da amostragem e a verificação por outros pesquisadores — e, em alguns casos, baseando-se em estudos tradicionais da área, apenas modificando a ordem dos processos, o dr. Daryl aplicou nove experimentos a mais de mil participantes. Obteve resultados significativos para tentar explicar os chamados fenômenos psi, que constituem, na definição do autor, “processos anômalos de informação ou transferência de energia atualmente sem explicação nos termos dos mecanismos físicos e biológicos conhecidos”.

Os eventos pesquisados são os de percepção extrassensorial (PES) — clarividência, telepatia e psicocinese —, com destaque para a premonição e a precognição.

Em sua análise, o dr. Daryl, também formado em Física, entre outras áreas, se utiliza das concepções teóricas da mecânica quântica para elucidar tais fenômenos. Em face de tantas perspectivas, ainda há muito a compreender desse Universo infinito, que nos impele a desvendar seus mistérios. Por esse motivo, é indispensável revestirmo-nos de humildade diante de imenso saber, que nos desafia a inteligência. O estudo do dr. Bem, um dos mais proeminentes pesquisadores da psicologia social, nos convida a investigar com isenção o assunto. Embora seja uma realidade, esse tema é descartado por alguns pensadores como objeto válido de investigação, pois foge às bem-intencionadas, porém restritas, teorias correntes, por vezes aceitas inadvertidamente como verdades pétreas.

Recordo-me de assertiva que proferi por ocasião do I Fórum Internacional de Ufologia, sediado pelo ParlaMundi da Legião da Boa Vontade, em Brasília/DF, de 7 a 14 de dezembro de 1997: O mundo discute, há muito tempo, a existência dos chamados UFOs (óvnis). Relativamente a isso, a questão não é acreditar ou deixar de crer neles, mas, sim, saber se esses fenômenos são ou não verdadeiros. A comprovação dessa realidade cabe naturalmente à Ciência.

O mesmo argumento é válido para os fatos considerados sobrenaturais, por não caberem na lógica convencional, que não é absoluta e, por isso mesmo, precisa ser constantemente revisada. Afirmo e reafirmo: dogmatismo em Ciência é aberração.

 

Crescer em tempos de refrega

Do meu livro Reflexões da Alma, extraio este trecho:

Transformações duradouras geralmente surgem nos instantes de grande agitação histórica. Os tenazes crescem em tempos de refrega. Se o fizerem com o pensamento firmado na Paz, o efeito de seus esforços marcará sua passagem pela Terra com o sinete da Luz. O ilustre médico brasileiro dr. Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) ensinava que, “se aspiramos transmitir a Paz, se queremos elevar o coração da criatura, não podemos prescindir, em nossas vidas, de uma profunda e radical mudança na busca do fortalecimento da Fé e do entendimento dela”.

 


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