A Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVARN), é uma associação literária e artística de utilidade pública, democrática, sem fins lucrativos, com 27 anos de existência e 68 associados de importante atuação no meio cultural do Estado. Nesta coluna, dominicalmente os leitores serão contemplados com autores e autoras de diversos estilos e gêneros literários.
Prezados leitores,
Na coluna da SPVARN desse domingo, iremos apreciar três poemas da professora, poetisa e cordelista, Geralda Efigênia. Ela que publicou livros e diversos artigos em eventos locais, regionais e nacionais. Na Literatura prefaciou o Dicionário Bibliográfico de Cordelistas Contemporâneos do Brasil, da Nordestina Editora do município de Barreiras/BA (2021); além de ter escrito prefácios em livros de autores potiguares, a exemplo de Chapeuzinho Vermelho em Cordel da escritora e cordelista Rosa Regis, a coletânea de Pedro Grilo, livros das autoras Adélia Costa e Gorete Macedo. Geralda tem verbete publicado no Dicionário de Mulheres do Brasil, Editora Mulheres, Florianópolis e uma vasta contribuição com a Literatura Potiguar.
MIRANDO O MAR
Geralda Efigênia
Mirando o mar, admirando paisagens, rememorando emoções...
Tento jogar fora de mim o que já me cansa a alma...
Nesse jogo de seduzir, esquecer e apagar lembranças,
Fatos e concordâncias, relaxo o meu espírito que estava
Calvo, esquelético e patético.
Assim, mirei o mar, alimentei meu ego e o superego...
Aumentei energias, estabeleci sintonias.
Virei as páginas do livro ora posto à minha frente.
Lancei ao mar o que embalou meu sono e meus sonhos
Nos últimos dias, numa sequência de agonias,
Em que sentia o cérebro queimar como se estivesse
Com uma coroa de espinhos.
Agora tudo passou... Apaguei da minha mente
O que tanto me machucou
E me afastou do meu coração,
O que em muito me assustou.
E, assim, mirando o mar,
Senti o ânimo voltar, um fôlego de alma nova,
Senti o peito bater, sem dor aliviada, numa paz já esperada,
Encontrei o Cristo e tive a alma suavizada.
Assim eu me senti, mirando o mar...
DEVANEIOS
Geralda Efigênia
Alvorecer, uma nuvem negra avilta o meu ser,
Encobrindo-me de receios,
Acorrentando-me com sentimentos
Ora de mágoas, ora de ressentimentos.
O cérebro parece querer explodir
E a angústia que me move é de medo,
Vontade de partir, ir embora...
Sair da sua vida sem me despedir.
A situação não parece confortável.
A ideia de adentrar em uma zona de descontentamento
Inquieta-me, dando a impressão de estar
Atravessando um grande deserto e sem equilíbrio
Do meu próprio caminhar.
Que desatino! A vontade de pedir asilo à vida e,
Numa solitária, entregar-me ao abandono total,
Envolta no casulo da solidão
Envolver-me na metamorfose do meu próprio ser.
SOU MULHER
Geralda Efigênia
Sou mulher! Sensível, sensitiva,
Forte, Guerreira. Na vida,
Sou mais que um corpo
Para apreciação do macho.
Sou mais que um ombro
Para escutar lamentos,
Sou mais que dar momentos.
Sou mulher!
Altiva, moderna o suficiente
Para encarar quão mormente
Toda e qualquer ação que vier.
Sou mulher!
Sim, sou mulher,
Mãe... atenta nas noites mal dormidas,
Nos choros reconhecidos de dor de desalentos,
Nas horas da incerteza, de tantas primeiras vezes.
Sou mulher, companheira de toda hora,
Amiga das horas incertas,
Esquecida das horas certas.
Sou mulher! Pode ter certeza,
Para o que der e vier,
Seja na alegria ou na dor,
Na alegria ou na tristeza,
No frio ou no calor.
No paraíso, eternizo
Esse dom de ser MULHER.
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