Da Terra do Sal para a minha História com Parnamirim
26/02/2018
Por: Josiane Bezerra Tibúrcio
Foto: Redação do PN
"Chuva e sol, Poeira e carvão, Longe de casa, Sigo o roteiro, Mais uma estação e a alegria no coração". (Luiz Gonzaga)
Nasci em Macau, terra do sal, filha de Sr. Jorge e D. Fátima, num grupo de cinco irmãos onde eu sou a única mulher, cidade que amo, andei por muitos lugares, como diz a música cidadão do infinito, " ...e fui lutar por um mundo novo, não tenho lar mais ganhei um povo" (Pe. Zezinho)... costumo dizer que fui acolhida e adotada por Parnamirim, terra que aprendi a amar e respeitar na sua pluralidade, onde me foi dada oportunidades de crescer pessoal, profissionalmente e politicamente, o sentimento é de gratidão.
Minha história com Parnamirim, começou na década de 90, bem antes de fixar residência na cidade, por meio da militância pastoral e social, participei de muitas reuniões, atividades culturais, tenho boas lembranças dessa época.
Fixei residência em Parnamirim no ano de 2000, a cidade era meio dormitório, pois eu trabalhava em Natal, e a minha conexão com o município era a militância na PJMP, no PT, que me filiei quando aqui cheguei, bem como também o coração, pois aqui conheci meu esposo Wanderson.
Minha filosofia de vida sempre se baseou em “amar as pessoas e transformar as coisas”, sempre acreditando “que cada um de nós somos protagonistas da nossa história”, e nessa direção desde de cedo não se deixei intimidar, sempre pautando a vida pela militância nas causas sociais, começando a trajetória na Pastoral de Juventude do Meio Popular – PJMP, ampliando a minha ação na defesa dos jovens e do Direito a Cultura por meio da Associação Potiguar de Apoio a Juventude do Meio Popular- ILEAÔ, da defesa do Meio Ambiente junto a Federação de Entidades Ambientalistas Potiguares – FEAP, bem como no Grupo Colmeias e na Rede Abelha do Brasil, Nordeste e do RN, e na defesa das mulheres, colaborei com o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais – MMTR, o Coletivo Leila Diniz, o Fórum de Mulheres do RN, e na geração de emprego e renda, venho militando no Fórum Potiguar de Economia Solidária, venho colaborando com o CEDESC, em diversas frentes e na área de assistência Social, posso dizer que tenho um capítulo todo especial com Parnamirim:
No ano de 2008, atuei como coordenadora do Programa Esporte e Lazer da cidade, iniciativa da CEFET, ficando responsável por coordenar o Programa, bem como articular parcerias locais, mobilizar a comunidade, garantir a logística, fazer o acompanhamento pedagógico da Equipe técnica.
Em 2009, fui convidada a compor a Equipe da Prefeitura Municipal de Parnamirim, na Secretaria Municipal de Assistência Social – SEMAS, atuando como assessora técnica/coordenação de Gestão de Projetos Sociais e encerrando a participação como - Secretária Adjunta (2009-2016).
Nesse Tempo, assumi diversas responsabilidades mas sinto que minha maior contribuição ocorreu no Controle social onde atuei como Conselheira nos Conselhos: Criança e Adolescente, Saúde, Assistência Social e dos Direitos da Mulher, onde tive a oportunidade de coordenar comissões de organização de conferências Municipais como: de Assistência Social, Mulher, Juventude, Idoso, Economia Solidária (regional), Igualdade Racial, Criança e Adolescente. Onde Presidi o conselho da Mulher, e os processos eleitorais de escolha dos Conselheiros Tutelares, em eleições regulares e suplementares, com e sem urna eletrônica. Onde elaborei projetos e participei de diversas comissões para elaboração de vários planos de políticas publicas relacionados a Infância e Juventude, Mulheres, entre outros projetos sociais.
Lançar um olhar de respeito a diversidade, sem preconceito, na tentativa de incluir sempre foi o meu objetivo.
Em 2017, em meio a uma conjuntura adversa, de desmonte dos direitos sociais, num momento que pede resistência e força assumiu a presidência do Partido dos Trabalhadores do Município de Parnamirim.
Porque como diz Eduardo Galeano : "A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar". Sigo esperançando que dias melhores virão. .