21/06/2022
Através de comunicado oficial, nesta terça-feira, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, sede do governo russo, falou sobre a guerra no Leste Europeu, que já se estende por mais de 4 meses, e aproveitou a oportunidade para comentar sobre as possíveis tratativas de cessar-fogo com a Ucrânia. De acordo com o dirigente, o país vizinho não tentou reiniciar as negociações de paz.
Em consonância com a fala de Peskov, o negociador-chefe da Rússia ressaltou, na semana passada, que o Kremlin está disposto a retomar o diálogo com a delegação ucraniana, mas ainda não obteve resposta de Kiev. Por outro lado, na última sexta-feira (17), David Arakhamia, diplomata ucraniano, salientou em entrevista que o país pode voltar a conversar com a Rússia até agosto, mas que não aceitará perder nenhuma parte do território.
Como resposta à declaração de Arakhamia, Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual diretor-adjunto do Conselho de Segurança, se utiliza da ironia, apontando os problemas de uma eventual reunião em médio prazo. "O negociador-chefe da Ucrânia considera possível voltar a negociar com a Rússia até o fim de agosto. Pode ser. A questão é se ele vai falar sobre o que e com quem", publicou em uma rede social.
Paralisadas desde abril, as negociações de paz começaram ainda em fevereiro, mas sem um resultado efetivo até o momento. O Kremlin apresentou em março uma lista de exigências para o estabelecimento de um acordo, incluindo uma rendição total e uma mudança constitucional para assegurar que a Ucrânia jamais tente se tornar membro da Otan da União Europeia, além de reconhecer a Crimeia como russa e as repúblicas separatistas do Donbass como independentes.