28/02/2024 06h34
O Governo Federal apresentou, na tarde desta terça-feira, 27 de fevereiro, o cenário epidemiológico da dengue e atualizou ações de enfrentamento e prevenção da doença. Entre as novidades anunciadas pelo Ministério da Saúde está a realização, no próximo sábado, 2 de março, do Dia D, uma mobilização nacional para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito, com o tema “10 minutos contra a dengue”.
Dia D contra a dengue! Faço um chamamento a toda a sociedade para uma grande mobilização nacional neste sábado, 2 de março. Vamos reservar nossos 10 minutos contra a dengue para prevenir e eliminar os focos do mosquito, um momento de atenção dos governos e de todos nós”
Nísia Trindade, ministra da Saúde
“Dia D contra a dengue! Faço um chamamento a toda a sociedade para uma grande mobilização nacional neste sábado, 2 de março. Vamos reservar nossos 10 minutos contra a dengue para prevenir e eliminar os focos do mosquito, um momento de atenção dos governos e de todos nós”, convocou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Cerca de 75% dos focos do mosquito estão nos domicílios, fato que evidencia a importância do cuidado doméstico na eliminação dos criadouros. “É fundamental considerar aquilo que nós temos falado insistentemente, uma responsabilidade de todos os gestores, e vem as questões de saneamento, de limpeza urbana, que são fundamentais, mas também a responsabilidade de cada um de nós, como cidadãs, como cidadãos, de prevenir os focos, olhando dentro da nossa casa e ao redor", disse a ministra.
Entre as ações estratégicas coordenadas pelo Ministério da Saúde está a ampliação para R$ 1,5 bilhão dos recursos para emergências, como o enfrentamento da dengue. Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Além disso, houve otimização para acelerar a liberação de recursos para estados e municípios que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública. Nesta terça-feira, o primeiro repasse foi autorizado, totalizando R$ 23,4 milhões para municípios de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, além do Distrito Federal.
"É um momento de atenção do país, de atenção das autoridades sanitárias, do Ministério da Saúde, de um monitoramento muito próximo ao que está acontecendo em diferentes regiões, estados e municípios”, disse a ministra, que completou: “Esse mote do Brasil Unido Contra a Dengue é um momento que requer uma união, não só de governos, que é muito importante, mas também da sociedade".
Nísia também fez um alerta sobre a maior abrangência territorial observada nas notificações de casos pelo país, em um processo que chamou de ‘interiorização’ da doença. "O fator diferencial que eu quero chamar atenção aqui é o fato de nós termos, agora, em cidades médias e cidades pequenas, grandes números de casos. Em locais onde não havia, antes, a infecção por dengue nessa proporção que nós temos hoje", afirmou.
A ministra da Saúde abordou ainda sobre como a mudança climática é um fator a ser considerado quando se trata da proliferação do Aedes aegypti. "Tivemos, em 2023, casos de dengue mesmo durante o inverno, o que tem relação com o fator de temperatura e clima. Em 2024, continuamos com clima muito quente e úmido, o que favorece a propagação do mosquito", pontuou.
Outro fator importante identificado pela pasta é que, em 2024, há uma circulação de quatro sorotipos de dengue, sendo o sorotipo 4 o mais identificado. "E, em muitos estados, nós tínhamos a prevalência do sorotipo 1, que, por estar mais tempo entre nós, as pessoas já têm a proteção, já têm a imunidade", disse a ministra. "Isso está mudando. Em muitos estados, há uma grande incidência de casos do sorotipo 2. É o caso do Distrito Federal, onde há 40% dos casos provocados pelo vírus tipo 2".
Fonte: agência gov