Wellington Duarte

18/07/2020 08h02
 
Capitão Cloroquina e o General Pazuello sambando nas covas dos 78 mil mortos: o horror brasileiro
 
 
Lembrei-me dos tempos recentes, em que a cada dia martelava-se na grande mídia, depois copiada pelos jornalistas labrojeiros,  que o “PT aparelhou o Estado” e observando a verdadeira invasão dos militares nesse patético governo, me pergunto onde estão os discursista de plantão, que reverberavan contra o partido em tela e justificavam sua adesão ao Mensageiro da Morte por causa desse “insidioso crime”. Sabe-se agora serem, esses fariseus, hipócritas.
 
No caso da área de saúde o APARELHAMENTO MILITAR colocou um general, o senhor Eduardo Pazuello, carioca, general de Divisão, na ativa, que foi alçado à chefia do Ministério da Saúde, quando este estava capenga, devido às ações do Napoleão de Hospício, que demitira dois ministros da Saúde, o ÚNICO PAÍS DO MUNDO A FAZER ISSO.
 
O general Pazuello assumiu interinamente em 15 de maio e vi muitos bolsonarista sassaricando já que muitos são admiradores dos militares, pois defendem, sabe-se lá porque, que no tempo da Ditadura “não tinha crime e nem corrupção”, uma piada, bastando ver como foram feitas as grandes construções na década e o legado dela, com a moratória de 1982. Pazuello seria o general que “daria um jeito na bagunça”. Quando assumiu tinha pouco mais de 15 mil mortos pela COVID-19 e estamos a caminho dos 80 mil, o que significa, em dois meses, um vertiginoso aumento de quase 400% no número de mortos.
 
Além de produzir besteirol nesse tempo, como dizer que as regiões quentes do BraZil situavam-se no hemisfério norte, esconder dados e fazer NADA, o general Pazuello causa um misto de asco e repulsa por ter, agora se sabe, represado recursos para estados e municípios, para o combate à COVID-19, certamente obedecendo fielmente o que o “presidente das milícias” ordenou : sabotar as tentativas de luta pela vida.
 
De acordo com a coluna do jornalista Reinaldo Azevedo na UOL, chamada “Milagre de Gilmar: general libera em um dia 42% da grana liberada em cinco meses”, o general Pazuello liberou, EM UM DIA, quase R$ 5 bilhões para Estados e municípios, depois da troca de sopapos entre ele e Gilmar Mendes, que acusara as forças armadas de serem cúmplices da política GENOCIDA do governo federal com relação aos nativos originários, que hoje chamamos de indígenas.
 
Essa afirmação se sustenta no fato de que, até a semana passada, o general tinha liberado, dos R$ 40 bilhões destinados ao combate à COVID-19, apenas R$ 11,5 bilhões, ou seja, 28,8%, quando muitos especialistas afirmam que, diante do cenário está liberação deveria ter sido de, pelo menos, 50% ou R$ 20 bilhões.
 
Se o general liberou, em um dia, quase a metade do que foi liberado em cinco meses, torna-se evidente que não há “escassez de recursos” e sim “represamento de recursos”, feito, diante do cenário de pandemia, de forma criminosa, sabotando os esforços dos estados e municípios no combate, gerando confusão e enfraquecimento do isolamento social e mantendo o país no macabro pódio de mortes, isso com subnotificação, cometeu um ato vergonhoso e, militar ou não, deveria responder por esse ato desumano.
 
Não devemos, jamais, “naturalizar” as quase 77 mil mortes, pois destruíram famílias, afetaram sonhos das pessoas que perderam entes queridos. Não podemos “naturalizar” que os quase 650 mil que ainda não se recuperaram e sofrem nas UTI’s e nem esquecermos que mesmo entre os quase 1,4 milhões de recuperados, as sequelas têm afetado o retorno à situação norma de vida. 
 
O general Pazuello não merece desculpas e nem perdão. É cumplice de um governo genocida, pois o governo que trata dessa forma os milhões de brasileiros que estão expostos ao vírus de forma tão macabra, deve ser, sim, colocado como genocida. Pazuello deve ter visto o patético vídeo do “capitão cloroquina”, cometendo seu centésimo crime, segurando de forma doentia a caixa da hidroxicloroquina e balbuciando que não tinha comprovação científica que era eficiente e não tinha comprovação científica de que não era eficiente, portanto induzindo a população a ingerir, como se fosse uma aspirina.
 

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