Greve
Após quase 60 dias, greve dos Professores da UFRN pode chegar ao fim
20/06/2024 14h39
Foto: Divulgação / ADURN-Sindicato
A greve dos professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), iniciada em abril de 2024 pode estar próxima do fim, após o resultado de um novo plebiscito, votado nesta semana. Enquanto o resultado da votação será conhecido nesta quinta-feira (20), a partir das 17h, o presidente do Adurn-Sindicato Professor Oswaldo Negrão, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal, deu indícios de qual deverá ser o desfecho.
De acordo com Oswaldo Negrão, a decisão final deve seguir as deliberações da última assembleia realizada no dia 17 de junho, que contou com a presença de mais de 600 docentes. “A maioria que se expressou e fez uso da palavra era favorável à continuidade das mobilizações, mas entendia que é o momento de encerramento de greve. Seguindo essa tendência, imagina-se que a gente deva sair de greve”, esclarece.
Contexto da Greve
A greve foi motivada por uma série de insatisfações dos professores, principalmente a falta de reajuste salarial desde a gestão de Michel Temer, passando pelo governo de Jair Bolsonaro. Apesar de um reajuste de 9% no primeiro ano do governo Lula, a categoria considera que o aumento não foi suficiente para compensar as perdas salariais acumuladas, que chegam a 40% nos últimos anos.
Em maio de 2023, os professores iniciaram a busca por um reajuste salarial que deveria entrar em vigor ainda naquele ano. No entanto, a proposta apresentada pelo governo em dezembro, que previa 0% de reajuste em 2024 e recomposição apenas em 2025 e 2026, foi o estopim para a deflagração da greve. "Isso foi o gatilho que disparou todas as greves no Brasil como um todo. Foi o 0% em 2024", ressaltou Oswaldo Negrão.
Negociações e Propostas
Nas últimas rodadas de negociações, uma nova proposta foi apresentada: um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para 2026. Além disso, a progressão na carreira dos professores, que inclui os degraus de auxiliar, assistente, adjunto e titular, teria reajustes de 5% em 2025 e 6% a partir de 2026.
O Adurn-Sindicato é uma das 11 entidades que compõem o Proifes-Federação, das quais sete apoiaram a assinatura do acordo e quatro foram contra. O Adurn-Sindicato está entre os que rejeitaram a proposta, refletindo a posição de sua base. Apesar disso, espera-se que a Federação concorde com a alternativa apresentada.
Fonte: Com informações de Jovem Pan News e Adurn-Sindicato