01/07/2024 10h35
Os servidores públicos federais do Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Rio Grande do Norte iniciarão uma greve a partir da próxima quarta-feira (3). A decisão, comunicada pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente do Estado (Ascema/RN), visa reivindicar reajuste salarial, melhores condições de trabalho e a reestruturação das carreiras.
A Ascema/RN informou que a greve foi aprovada em assembleia realizada no dia 28 de junho, representando um último recurso após várias tentativas de negociação. Segundo a entidade, os servidores decidiram pela paralisação diante da falta de resposta às suas demandas por parte do governo.
A paralisação no Rio Grande do Norte faz parte de um movimento nacional, que também inclui servidores do Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e do Ibama de outros 20 estados e do Distrito Federal.
Em um ofício conjunto enviado à Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, as entidades Condesef e Fenadsef destacaram que a negativa do Ministério da Gestão e Inovação (MGI) em discutir a contraproposta dos servidores foi um dos principais motivos para a greve. O documento foi encaminhado no dia 9 de maio, seguido de várias assembleias que culminaram na decisão pela paralisação.
Para minimizar os impactos da greve, a categoria estabeleceu uma lista de atividades essenciais que serão mantidas. Entre essas atividades estão os atendimentos a emergências ambientais, a manutenção de 10% dos servidores para questões de licenciamento ambiental e o atendimento a 100% das operações de resgate de fauna.
"As atividades consideradas essenciais refletem o entendimento dos servidores da área ambiental, e situações específicas poderão ser mediadas junto ao Comando Nacional de Greve", informam as entidades no ofício.