Pinto Júnior

07/02/2021 15h51

 

 

Da oposição e da situação

Costuma-se de dizer que político não abandona a política, esta que o deixa. Pelo menos, no que diz respeito a ocupação de cargos públicos, parece fazer sentido. Na última eleição a nível de Estado, vários medalhões da política potiguar ficaram de fora. Alguns nomes: José Agripino Maia, Rogério Marinho, Henrique Alves, Garibaldi Alves, Carlos Eduardo Alves.

Mas a teimosia é um capítulo importante na luta pelo poder. Logo pode-se entender que os derrotados na eleição de ontem, estão de olho na eleição de amanhã.

 

A medir pelas redes sociais e pelasinquietações de cada um, as “conversas de alpendres” estão a todo vapor. O ex-senador José Agripino Maia, estaria articulando candidatura a deputado federal. Derrotado pelo povo potiguar na última eleição, tem grande prestígio no DEM nacional, e ainda é ouvido acerca das articulações no Congresso Nacional.

 

O ex-deputado Rogério Marinho, hoje serve ao presidente Bolsonaro. Mas vive um processo de briga permanente com o ministro preferido do presidente: Paulo Guedes. Habilidoso, Marinho luta para se manter no cargo em Brasília e, ao mesmo tempo, articula com o ex-vice-governador de Robinson Faria, advogado Fabio Dantas, chapa para disputar o Governo do Estado no ano que vem. Este projeto lhe dá palanque e atende os interesses de Kelps Lima, que é o líder maior do Solidariedade, partido que Fabio é filiado atualmente.

 

O ex-deputado Henrique Alves, mergulhado desde que saiu da prisão, de vez em quando faz um aparecimento nas redes sociais para testar a aceitação ou rejeição. Mas, seus problemas são mais jurídicos do que políticos, garantem juristas a este repórter.

 

O ex-governador Robinson Faria, disputou reeleição no cargo e nem conseguiu ir para o segundo turno. A disputa de segundo turno em 2018, ficou entre Carlos Alves e Fátima Bezerra, que se tornou a única governadora do Brasil atual. Mas, Robinson não está morto. Preside o PSD, o filho, Fabio Faria é Ministro das Comunicações. O ex-governador circula nos municípios “amarrando” as lideranças que votaram no filho na eleição passada. Robinson quer ocupar a cadeira do filho na Câmara federal, na próxima eleição.

 

Garibaldi Alves tem grande currículo: Deputado estadual, Senador, Governador e Ministro. Hoje é mais orientador do filho Walter Alves. Mas, ninguém se surpreenda, se Gari registrar candidatura de deputado estadual em 2022.

 

O ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves também está sem mandato. Seu sucessor, Álvaro Dias, foi eleito em primeiro turno, sem usar a imagem do ex-líder. Carlos apoiou Bolsonaro, mas não tem espaço na direita ideológica. Se afastou da centro esquerda, com quem caminhou por duas décadas. Carlos Alves terá que se reinventar em 2022.

 

Há quem imagine que todos estão mortos politicamente. Mas, a política é muito dinâmica. Quem está no jogo que abra o olho. Pois quem está no banco, o que mais deseja é entrar em campo. A teimosia é o aquecimento do jogo político.

NOTA - Nos corredores da Câmara Municipal de Parnamirim, comenta-se sobre quatro possíveis nomes que serão avaliados por Taveira, para receber seu apoio. A pergunta imediata: Quem são? "Só sei que são quatro que aparecem muito nas redes sociais". E nos corredores da Prefeitura o que se diz: "Nada. Lá apenas se bate continência!"


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