Greve
Policiais Civis do RN iniciam paralisação em meio a impasse salarial
23/04/2024 12h16
Foto: Reprodução / SINPOL
Os policiais civis do Rio Grande do Norte anunciaram uma paralisação geral por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (23), em meio a um impasse nas negociações salariais com o Governo do Estado. A decisão foi tomada após uma assembleia geral realizada na noite da última segunda-feira (22), em que a categoria expressou sua insatisfação com as propostas apresentadas por parte do Executivo do RN.
A Associação dos Delegados da Polícia Civil ainda está avaliando se aderirá à paralisação, com uma assembleia marcada para esta terça-feira às 16h, em frente à Central de Flagrantes de Natal.
O presidente do
SINPOL-RN, Nilton Arruda, destacou que as propostas do governo têm sido consideradas insuficientes pela categoria, que espera um reconhecimento maior.
Na última segunda-feira, uma nova rodada de negociação foi realizada entre representantes dos policiais civis e a equipe do governo. No entanto, a proposta apresentada pelo Governo do RN, de um reajuste de apenas 5.3%, foi considerada aquém das expectativas dos policiais civis, que já haviam aprovado internamente uma proposta de reajuste de 10%.
"Nós flexibilizamos demais. Foi construída uma proposta junto com a direção da Polícia Civil de 10% [de reajuste] divididos em duas vezes: 5% [em janeiro de 2025] mais 5% [em abril de 2025]. O governo do Estado quer dar 5,3% de valorização", disse Nilton Arruda, presidente do Sinpol.
Diante do impasse, a categoria decidiu adotar uma posição mais contundente, optando pela paralisação geral como forma de pressionar o governo por melhores condições salariais. "Nada vai funcionar. Boletins de ocorrência on-line que são realizados precisam de homologação de policiais. E os policiais vão estar parados, não vão nem homologar os serviços on-line. É serviço zero", destacou o presidente do Sinpol.
Vale lembrar que de acordo com o Supremo Tribunal Federal (
STF), em decisão publicada ainda em 2017, o direito à greve por parte das categorias policiais é considerado inconstitucional.