Saúde

Bebê recebe tratamento improvisado com embalagem de bolo como máscara de oxigênio

12/06/2024 11h09

Bebê recebe tratamento improvisado com embalagem de bolo como máscara de oxigênio

Foto: Reprodução
Um bebê de três meses, internado em Santa Cruz, no interior do estado, foi tratado com uma embalagem de bolo improvisada como máscara de oxigênio. A mãe, Kadja Juliane, relatou que o bebê chegou ao hospital "muito debilitado", com dificuldades para respirar, e aguardava transferência para uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 
 
De acordo com a mãe, o bebê tem hidrocefalia, utiliza uma bolsa de colostomia e tem síndrome de Dandy-Walker, uma malformação cerebral que afeta o desenvolvimento motor e causa aumento progressivo da cabeça. No último sábado (08), a equipe médica que o atendeu identificou que ele estava com desconforto respiratório grave, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia.
 
A prefeitura de Santa Cruz explicou que o hospital não é referência em urgência materno-infantil. A médica plantonista improvisou com a embalagem de bolo para criar um leito semi-intensivo, suprindo temporariamente as necessidades do bebê enquanto aguardavam a regulação para um leito de UTI, solicitado previamente.
 
"Mesmo sem suporte adequado para atender crianças, eles fizeram o possível para tratá-lo", disse Kadja Juliane. A mão afirmou ainda que, apesar do improviso, o bebê "melhorou bastante". "Ele é um bebê muito especial, precisa de muito cuidado. E, graças a Deus, o pior já passou", completou a mãe.
 
Na manhã da última terça-feira (11), o bebê foi transferido para o Hospital Infantil Varela Santiago, em Natal, onde recebeu tratamento especializado. Segundo o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Francisco Júnior, que participou da transferência, o improviso com a embalagem de bolo foi essencial para melhorar as condições respiratórias do bebê.
 
"São alguns improvisos que a gente precisa fazer. Realmente ajudou bastante o rapazinho a voltar a respirar bem, a ter uma boa penetração de oxigênio no pulmão. Foi fundamental para ajudar na recuperação dele", disse Francisco Júnior.
 
De acordo com a família, a saúde delicada do bebê aumentou a urgência para conseguir uma vaga de UTI rapidamente, já que ele havia tido outras intercorrências. A mãe relatou que a equipe médica estava preocupada com a internação no hospital de Santa Cruz, pois não era uma unidade pediátrica e havia o risco de infecção devido à estrutura inadequada.
 
O hospital municipal de Santa Cruz, localizado na região Agreste potiguar, emitiu uma nota sobre o caso. Assinada pela direção técnica, a nota informou que o bebê deu entrada no último sábado com desconforto respiratório grave, congestão nasal, febre, rinorreia, vômitos e diarreia. Ele foi medicado e a equipe solicitou vaga de internamento em uma unidade com UTI pediátrica.
 
Enquanto aguardavam a transferência, foi necessário utilizar o equipamento improvisado. O paciente estava "clinicamente grave, mantendo quadro de desconforto respiratório e taquidispneia", conforme a nota do hospital.

Fonte: Com informações de G1