Agricultura

Missão empresarial conecta fruticultores do RN a soluções inovadoras

25/02/2025 10h51

Missão empresarial conecta fruticultores do RN a soluções inovadoras

Foto: Agência Sebrae
 
Dez fruticultores potiguares do Distrito Irrigado do Baixo-Açu (DIBA) participaram, na última sexta-feira (21), em Petrolina (PE), do I Simpósio Remineralizadores e Biológicos, na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O grupo integra missão empresarial liderada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte, com o intuito de aproximar os produtores de soluções inovadoras que impulsionem a produção irrigada de frutas no Diba.
 
Paralelamente ao evento, os fruticultores do RN também conheceram novas variedades frutícolas, em visitas técnicas a propriedades agrícolas com características produtivas semelhantes às do Diba. Com o apoio da unidade Petrolina do Sebrae Pernambuco, o grupo visitou ainda instalações de um packing house, responsável pela produção de limão e manga destinados à exportação.
 
Os exemplos são atrativos. Petrolina é referência em produção irrigada de frutas. Sedia o maior polo de fruticultura irrigada do Brasil, o Vale do São Francisco, responsável por produzir, anualmente, mais de um milhão de toneladas de frutas
 
O gestor de Fruticultura do Sebrae RN, Franco Marinho, explica que a ideia é replicar no distrito irrigado potiguar experiências exitosas registradas no Vale do São Francisco. Segundo ele, o intercâmbio de conhecimento técnico implicará em resultados promissores para a fruticultura potiguar.
 
Produção sustentável
 
Entre as diversas ideias apresentadas nas visitas técnicas e no Simpósio de Remineralizadores e Biológicos, soluções inovadoras de bioinsumos (produtos de origem biológica) atraíram a atenção dos fruticultores do Diba. É o caso do pó de rochas, produzido a partir de rochas trituradas e capaz de beneficiar o solo, as plantas e reduzir os custos de produção. De acordo com o especialista em bioinsumos, Manoel Elizeu, o material é ideal para uma agricultura mais sustentável.
 
“O bioinsumo é, basicamente, feito da porteira para dentro. O pó de rocha é um deles, por exemplo, que permite ao produtor uma produção com menos custos social, ambiental e financeiro, tornando a atividade mais sustentável”, explica.
 
Conhecimento
 
E foi justamente a redução de custos um dos motivos que deixou o produtor Aldair José, da Comunidade Aroeira, em Alto do Rodrigues, de olho nas novidades dos bioinsumos. Preocupado com os valores elevados de insumos, ele conta que pretende adotar o produto para reduzir custos na produção de frutas.
 
“A gente tem passado por dificuldade, com a alta do dólar, os insumos ficaram muito caros e achei muito interessante a questão dos bioinsumos, que vai contribuir para diminuir os custos, algo que precisamos muito. Isso é muito importante, e estamos tendo a oportunidade de conhecer de perto, através da missão, onde estamos vendo é possível fazer também em nossas plantações”, observa.
 
Michel Cosme é proprietário da Frutan, empresa que opera no Distrito Irrigado do Baixo Açu, e considera a missão empresarial estratégica para alcançar melhores índices de produtividade e qualidade. “Viemos a Petrolina para aprender processos, diminuir nossos custos e melhorar nossa qualidade, e acho que foi uma das viagens mais proveitosas que fizemos nos últimos três ou quatro anos, junto com o Sebrae. São conhecimentos que serão muito bem aproveitados nas áreas de produção do Baixo Açu”, pontua.
 
A missão empresarial é parte das ações desenvolvidas pelo Projeto de Fruticultura do Sebrae RN com produtores de frutas do Diba. O atendimento aos fruticultores do distrito consiste ainda na orientação e assistência técnica, consultorias, além de iniciativas que fomentam o acesso ao mercado e o fortalecimento da fruticultura na região e no estado.
 
O Distrito Irrigado do Baixo Açu se destaca pela diversidade de cultivos, que somam, anualmente, mais de 56 mil toneladas de alimentos. O destaque fica por conta de culturas como manga, banana, coco verde, melancia, melão e mamão. A produção é baseada nos métodos de irrigação por aspersão convencional, e pivô central e irrigação localizado (micro aspersão e gotejamento).

Fonte: Com informações de Agência Sebrae