Armando Souza

07/03/2024 10h26

 

Resiliência sim... comodismo não

 

Após uma longa e exaustiva jornada através da sinistra execução da lei Paulo Gustavo de Parnamirim, os artistas contemplados nos editais culturais 04/23 e 05/23, finalmente, receberam os recursos referentes aos projetos aprovados pela referida lei. Mesmo com a indignação dos trabalhadores da cultura, quanto a lerdeza no recebimento desses recursos e a forma como a lei foi conduzida pela vice-prefeita na gestão da Secretaria Municipal de Cultura, amplamente reprovada pela categoria; nos grupos de watsap e nas redes sociais de cultura que participo, como agente cultural, é latente o sentimento de conquista pelos trabalhadores da cultura da cidade, a euforia é uma só, afinal, trata-se da garantia da continuidade das ações culturais de todos os profissionais e, consequentemente, o pão na mesa da cada um, muito embora não fosse preciso esperar tanto, por se tratar de uma lei emergencial.

Após o “faz de conta” do Forum Municipal de Cultura organizado pela SEMUC, em dezembro de 2022, por diversas vezes, artistas, produtores e demais trabalhadores da cultura passaram a propor e pleitear junta àquela instituição de cultura, reuniões e encontros com a finalidade de organizar e instituir o CPF da cultura da cidade, porém, de lá pra cá, o que se viu, foi um profundo desprezo pela classe de trabalhadores da cultura da nossa cidade, uma vez que as tentativas de diálogos foram evitados, os emails enviados para a Semuc jamais foram respondidos, os telefonemas não eram atendidos e por fim, duas solicitações de reunião enviados pelo coletivo de artistas através do sistema oficial da Prefeitura, conhecido por “01 doc “ foram arquivados e, por conseguinte, ignorados por uma gestão cultural totalmente alheia às necessidades básicas da cultura.

Acostumados a lidar com uma classe artística inerte frente a tantos desmandos com a cultura local, daqui pra frente, os profissionais a partir de agora jamais irão se calar diante de tantas irregularidades cometidas.

Contudo, é preciso destacar a resiliência dos artistas parnamirinenses que, em nenhum momento, abdicaram dos seus direitos que, frente à indeferência, foram capazes de lutar bravamente pelo direito conquistado. Por conseguinte, é necessário que, os absurdos ocorridos na lei Paulo Gustavo, possam servir de exemplo para que a classe trabalhadora no sentido de buscar o reconhecimento dos direitos conquitados, sem trégua.

Na execução da lei Aldir Blanc II, Espera-se, portanto, a união de artistas e demais profissionais da cultura no sentido exigir a correta aplicação da lei por parte desses gestores e, tudo isso passa pelo acompanhamento e fiscalização da sociedade civil através da obrigatória implantação do Sistema Municipal de Cultura, as demais estruturas e respeito as diretrizes previstas no Sistema Nacional de Cultura e na constituição brasileira. 

 

AGENDA CULTURAL POTIGUAR NOTÍCIAS

 

07/03 – 11h 30 – CHORO DA UFRN – CENTRO DE CONVIVÊNCIA;

07/03 – 19h – QUINTA DO HUMOR – CASA DO MATURO;

08/03 – 17h - CHORÕES DO ASFALTO – BAR DO ELOI;

08/03 – 21h – EDJA ALVES CANTA GAL – BARDALLO´S

09/03 – 11h – CHORÕES DO SERIDÓ – CASA DO ARTESÃO;

09/03 – 19h – JOBSON MAIA – RESTAURANTE JATOBAR;

09/03 – 19h – VALÉRIA OLIVEIRA –  NATAL SHOPPING;       

09/03 – 21h -  MANU DE OLINDA – QUINTAL DA GENTE BAR;

09/03 – 21h – BANDA ROTA 21 – TAVERNA PUB;

09/03 – 23h -  DJ SOLO SILVESTRE – TAVERNA PUB;

13/03 – 20h – QUARTA DA BALADA – BARDALLO’S.

 

TEXTO: Armando Souza

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