Vai ter Greve: Professores da UFRN confirmam início da paralização para a próxima segunda-feira (22)

17/04/2024 10h41


Vai ter Greve: Professores da UFRN confirmam início da paralização para a próxima segunda-feira (22)

Foto: Divulgação / ADURN -Sindicato
 
 
A partir do próximo dia 22 de abril, os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) iniciarão uma greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após o plebiscito que contou com uma participação expressiva da categoria, envolvendo 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar. A consulta, realizada virtualmente através do site do ADURN-Sindicato nos dias 15 e 16 de abril, resultou em 62,52% dos votos a favor da greve, enquanto 34,06% votaram contra, e 3,40% se abstiveram.
 
Em nota publicada no site da ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, presidente sindical da ADURN, destacou a importância histórica da participação dos professores e professoras. “A participação massiva dos e das docentes, sem dúvidas, traz um grande peso à greve que será deflagrada no próximo dia 22 de abril, por tempo indeterminado. O ADURN-Sindicato saúda os professores e professoras que participaram desse momento histórico, em que o plebiscito se confirma como a instância mais democrática o possível para decisões dessa magnitude” , reforçou Oswaldo.
 
Os docentes da UFRN têm reivindicações que se alinham em duas frentes principais: reajustes salariais e a reestruturação das carreiras. Juntamente com outros servidores públicos federais, os professores pleiteiam um aumento salarial linear de 7,06% anual até 2026, o que totalizaria 22,8%. Além disso, especificamente para o Magistério Superior e o Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), a categoria exige uma reestruturação que propõe reajustes de 9,39% em 2024, seguidos por 6,82% nos anos subsequentes, até 2026, totalizando um aumento de 23,03%.
 
O movimento grevista não apenas busca pressionar por melhores salários, mas também enfatiza a necessidade de uma reestruturação que reconheça a importância e a complexidade das funções desempenhadas pelos professores. As reivindicações são vistas como cruciais para manter a qualidade da educação e a valorização do ensino, fundamentais para o desenvolvimento do país.
 
Nesta quarta-feira (17), o Conselho de Representantes do ADURN-Sindicato se reúne na sede da entidade para dar os encaminhamentos necessários para a deflagração da greve. “O próximo passo é criar junto com o Conselho o nosso comando de greve para notificar a reitoria a respeito da decisão da categoria”, explicou o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão.