25/04/2024 11h36
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu, na noite desta quarta-feira (24) o suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras. O crime ocorreu na cidade de Assú, no Oeste Potiguar, na tarde da última terça-feira (23). De acordo com a Polícia Civil, o homem foi detido quando chegava em casa, no bairro de Nova Descoberta, em Natal, a 207km da cidade onde ocorreu o crime.
João Batista Carvalho Neto, de 41 anos, é servidor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. De acordo com a Polícia Civil, é o mesmo homem que aparece nas filmagens feitas pelo circuito de segurança da casa da vítima, divulgadas ontem.
Ainda segundo a Polícia Civil, ao chegar em casa, o suspeito foi abordado na garagem e detido em flagrante pela polícia, que já realizava buscas no imóvel. No carro de João Batista foi encontrada uma sacola branca com três facas, duas soqueiras e uma pistola manchada de sangue. Já na casa, foi encontrado um celular destruído, que a polícia confirma ser da vítima, além de fragmentos de sangue que serão analisado.
Reprodução/Redes Sociais
Após ser preso, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Assú, onde foi recebido pela população com gritos de protesto.
Investigação
A investigação que levou à prisão do suspeito foi realizada em conjunto pela Delegacia de Assú, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e o Núcleo de Investigação Qualificada (NIQ).
De acordo com as informações divulgadas, a polícia chegou até o suspeito após analisar as filmagens feitas pelas câmeras do circuito interno da casa da vítima. Nas imagens, foi possível observar o servidor ser recebido por Fabiana, por volta das 16h40, em sua casa, carregando uma sacola branca e vestindo capuz, máscara cirúrgica e luvas. Após cometer o crime, as câmeras teriam registrado ele esperando um carro preto que o havia levado até o local.
De acordo com as informações, o motorista do carro era amigo da família do suspeito e teria recebido R$ 500,00 para levar o servidor de Natal até Assú. João Batista teria alegado para o motorista que estava indo fazer uma consulta psiquiátrica na cidade. Segundo o delegado municipal de Assú Valério Kurten, o motorista foi liberado após prestar esclarecimento e ser constatado que não tinha envolvimento com o caso.
Possível motivação para o crime
De acordo com o delegado da DHPP Márcio Lemos, a possível motivação do crime era a relação que a vítima tinha com a ex-companheira do suspeito. O servidor teria levado o celular da psicóloga a fim de obter o conteúdo das conversas entre a vítima e a ex do suspeito e saber qual relação entre elas.
O delegado Valério Kurten explicou que ainda não era possível afirmar qual a relação da vítima com o suspeito, mas que se conheciam.
Defesa alega incapacidade mental
Em entrevista dada à TV Ponta Negra, na manhã desta quinta-feira, o Dr. André Dantas, advogado de defesa de João Batista, alega que o cliente já estava afastado das funções no Tribunal de Justiça desde 2023 após apresentar laudos psiquiátricos que indicam a sua incapacidade mental.
O suspeito será encaminhado para realizar exame de corpo de delito e posteriormente será apresentado à autoridade judiciária na comarca de Assú, onde será avaliada a validade da prisão em flagrante.
A Polícia Civil segue investigando o caso.
Fonte: Da redação do PN, escrita por Camila Pinto (estagiária sob supervisão do jornalista Hiago Luis)