Eleições

Substituindo Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia deverá assumir a presidência do TSE

07/05/2024 11h56

Substituindo Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia deverá assumir a presidência do TSE

Foto: Reprodução / TSE
 
 
Na noite desta terça-feira (07), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará a eleição para definir o próximo presidente da Corte, que estará à frente dos pleitos municipais de 2024. Por tradição, o cargo costuma ser ocupado pelo ministro com maior tempo de mandato no TSE, neste caso a Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia deverá assumir o posto, com o ministro Nunes Marques como vice-presidente.
 
A votação, embora simbólica, é de extrema importância. Cármen Lúcia é integrante titular do TSE desde agosto de 2022 e sucederá o ministro Alexandre de Moraes na presidência do tribunal, cujo mandato termina em 3 de junho.
 
Cármen Lúcia
 
Com uma trajetória marcada pela experiência e pela defesa do rito democrático, Cármen Lúcia já comandou a Justiça Eleitoral entre abril de 2012 e novembro de 2013, sendo a primeira mulher a ocupar esse cargo. Natural de Montes Claros, Minas Gerais, a ministra, de 70 anos, é membro do STF desde 2006, quando foi indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para substituir Nelson Jobim na Corte.
 
Graduada pela Faculdade Mineira de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Cármen Lúcia é mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e professora titular da PUC Minas.
 
Antes de sua nomeação para o STF, a ministra acumulou uma vasta experiência, tendo exercido a advocacia e ocupado o cargo de procuradora do estado de Minas Gerais em 1983. Nos anos 1990, foi membro da Comissão de Estudos Constitucionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e vice-presidente da Comissão de Temário da Conferência Nacional dos Advogados.
 
Em 2001, assumiu o cargo de procuradora-geral de Minas Gerais por indicação do então governador Itamar Franco, antes de tomar posse como ministra efetiva do TSE em 2009. Três anos depois, foi eleita presidente da Corte Eleitoral.
 
Durante o biênio 2016-2018, Cármen Lúcia exerceu a presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), demonstrando sua habilidade de liderança e gestão em importantes instituições do judiciário brasileiro.
 
Além de sua atuação no campo jurídico, Cármen Lúcia é autora de diversas obras e membro honorário do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB).