Advogado e especialista em gestão pública.
O dia internacional da mulher – 8 de março com raízes históricas no dia 8 de março de 1857, quando cento e trinta tecelãs em greve morreram queimadas em uma fábrica têxtil em Nova Iorque, nos Estados Unidos, embora fato contestado, foi escolhida a data, primeiramente pela conferência de 1910 na Dinamarca, quando reuniu mais de cem mulheres de dezessete países.
As tecelãs de Nova Iorque lutavam pela dignidade humana, princípio consagrado na constituição cidadã brasileira, reivindicando a redução da jornada de trabalho, pois cumpriam uma jornada árdua e exagerada chegando a 14h, salários iguais aos homens, melhores condições de trabalho, dentre eles salubridade, com um trágico fim, para a greve que paralisou a indústria têxtil, morrerem carbonizadas na fábrica.
O primeiro país a adotar o 8 de março foi a Rússia Soviética de Lenin, e somente, no ano de 1975 a ONU oficializou a data de 8 de março, como dia internacional da mulher. No Brasil há datas históricas das lutas das mulheres, que adveio do movimento sufragista. As mulheres do Brasil têm uma bela construção pelo empoderamento social, uma vez que, até o Século XIX eram proibidas do acesso a Escola.
No Rio Grande do Norte há grandes referências históricas registradas, tais como: Clara Camarão a índia guerreira, Nísia Floresta abolicionista, republicana, educadora, escritora e que morreu no exílio na França, a escritora e poetisa Auta de Souza de Macaíba, Celina Guimarães, a mossoroense a primeira votar no Brasil, Alzira Soriana a primeira Prefeita da América Latina e Maria do Céu a primeira Deputada Estadual do Brasil
O 8 de março, dia internacional da mulher é de fato, um dia diferente, de lutas das mulheres, pela dignidade humana, pelo empoderamento social, político e pela sua condição de mulher. De conquistas profissionais, do ingresso no mundo do trabalho com dignidade, sem exploração pela condição de mulher, mas, também pelo respeito na família, e contra todos os tipos de violências previstos na Lei Maria da Penha, considerada uma legislação para restituir a paz.
Em Montanhas/RN a administração pública do Prefeito Antônio Marcolino Neto incorporou a institucionalização da Secretaria Municipal das Políticas das Mulheres, sendo nomeada a primeira Secretária, Izabel Larissy Soares Pereira Ferreira de Farias, uma mulher dinâmica que no último dia 31 de março trouxe a cidade a presença do programa estadual “Maria Vem a Cidade”, com o ônibus lilás, quando foram preparadas para as mulheres do campo e da cidade noventa carteiras de identidade, estando presente ainda, a Defensoria Pública sediada em Nova Cruz/RN, que realizou amplo atendimento.
Na quarta-feira, dia 02 de abril de 2025 na sessão ordinária da Cãmara Municipal, presidida pelo Vereador Edson Júnior do Nascimento (Dinho), a Secretária Larissy Farias articulou e trouxe a sessão a patrulha Maria da Penha, com a fala do coordenador, o Sub Tenente, Jean Rodrigues de Oliveira, da Delegada da Delegacia Especializada de Atendimento da Mulher – Juliana de Medeiros Gabino com jurisdição em Nova Cruz e Montanhas, quando proferiu uma interessante palestras trazendo dados de violências.
Montanhas/RN tem uma tradição histórica com as mulheres, no âmbito sindical local, um fato marcante foi a liderança da saudosa Francisca de Oliveira Santos, que chegou a FETARN como a primeira coordenadora de mulheres rurais pela Federação, no período de 1996 a 1999. Com a Câmara Municipal, sempre com cadeiras ocupadas pelas mulheres, e algumas delas chegando à Presidência.
Assim o 8 de março – dia internacional da mulher em Montanhas/RN foi maiúsculo, diferenciado, participativo com vários atos, um deles, uma articulação das diversas Secretarias no Centro de Convivência dos Idosos – CCI e outro na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. A mobilização realizada de forma marcante, deixando claro a Secretária das Políticas das Mulheres que está em diálogo a constituição do Conselho Municipal da Mulher.
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