Economia
Antecipação de 13º salário: o que fazer com o dinheiro?
22/05/2024 09h20
Foto: Freepik
Até o dia 7 de junho, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) receberão a primeira parcela do 13º salário, conforme cronograma instituído pelo órgão. Segundo os dados da Previdência Social, 33 milhões de beneficiários têm direito ao valor antecipado, o que deve injetar R$ 33,68 bilhões na economia nacional.
Saber como usar o recurso extra da melhor forma abre possibilidades para a realização de sonhos materiais e, também, um futuro financeiro mais tranquilo. Com o dinheiro é possível comprar algo que se deseja, planejar uma viagem, pagar as dívidas ou, até mesmo, investir.
O
investimento Tesouro Direto é considerado um dos mais acessíveis, com valores a partir de R$ 30, e também o mais seguro disponível no mercado, já que os papéis são emitidos pelo governo federal.
De acordo com informações da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), a definição sobre como usar o 13º salário deve considerar a realidade financeira vivida no momento. Para aqueles que estão inadimplentes, a orientação é pagar as dívidas para evitar as chances de superendividamento.
No Brasil, a inadimplência afeta mais de 67 milhões de pessoas, conforme o levantamento mais recente realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). De acordo com o estudo, quatro em cada dez brasileiros estavam negativados no mês de março.
A negativação restringe o crédito, o que pode agravar a situação de endividamento. Quando o valor das dívidas corresponde a 30% ou mais da renda, a situação é classificada como superendividamento e pode comprometer o acesso às necessidades básicas, como alimentação e moradia.
A orientação da Abefin para quem está superendividado é buscar o auxílio dos órgãos de defesa do consumidor para a mediação dos débitos junto aos credores. A primeira parcela do 13º salário pode ser usada para a solução do problema.
Para os demais inadimplentes, o conselho também é usar o dinheiro para quitar as dívidas e, assim, recuperar o acesso ao crédito. No entanto, também é importante buscar informações sobre educação financeira para garantir que não haja o retorno da situação de inadimplência.
Com as contas em dia, é hora de investir
Se ao analisar a realidade financeira, o aposentado ou pensionista do INSS observar que as contas estão em dia, outra possibilidade é investir para criar uma reserva de emergência. Há opções de
investimento tão seguras quanto à caderneta de poupança, que garantem maior rentabilidade. Porém, são menos conhecidas do grande público.
Por isso, antes de escolher onde e como investir, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) recomenda estudar sobre os investimentos disponíveis no mercado para entender como funcionam o retorno financeiro, o resgate e, também, os riscos da operação.
Os produtos de renda fixa são apontados como mais seguros em comparação com os investimentos em renda variável. Na primeira categoria estão os títulos públicos do Tesouro Direto, os certificados de depósito bancário (CDBs), as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs), entre outros.
Investir é uma forma de fazer o dinheiro render. Ao direcionar o recurso para uma reserva de emergência, é possível assegurar maior tranquilidade à vida financeira, como explica a Anbima. Como o próprio nome já diz, o valor guardado tem a finalidade de auxiliar num momento de imprevisto e urgência que demanda custos.
Uso imediato para a realização de sonhos
Se a situação financeira já está confortável, com as contas em dia e recursos poupados, a outra possibilidade de usar a primeira parcela do 13º salário é para a realização de sonhos materiais. Nesse caso, as alternativas são inúmeras e podem incluir a compra de um produto, a aquisição de um serviço, a realização de uma viagem, a reforma da casa, entre outras ações.
De acordo com a Abefin, o dinheiro deve servir como um instrumento para viabilizar os projetos pessoais. Por isso, a importância da educação financeira para orientar as pessoas no uso consciente dos recursos. Dessa forma, independente de qual seja o sonho, a recomendação é realizar um planejamento prévio para garantir a continuidade do equilíbrio financeiro.