Saúde
Foto: HUOL/Ebserh-UFRN
Huol-UFRN promoverá evento de conscientização do Autismo com mutirão de atendimento odontológico
01/04/2025 12h25
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado em 02 de abril, data com o objetivo de promover o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Abraçando essa causa, o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), vinculado à Rede Ebserh, irá promover o evento “Onda Azul: Huol pelo autismo”, no próximo dia 02 de abril, trazendo informação e conhecimento sobre o TEA. O evento será a partir das 9h no Auditório Mariano Coelho.
A programação conta com mesa redonda integrada por profissionais e especialistas da área da saúde, direito e comunicação que irão abordar sobre aspectos clínicos e direitos da pessoa com transtorno do espectro autista. Participarão da mesa a fonoaudióloga do Huol, Luiza Aline Costa Monteiro; a médica especialista em neuropediatria, Celina Angelia dos Reis Paula; o advogado, Túlio Caio Chaves Lima; e o comunicador e apresentador, Luis Henrique de Souza e Silva.
“O evento onda azul é de extrema importância. No Huol, vamos reunir famílias, população, cientistas e profissionais com o intuito de promover práticas para acolhimento e inclusão do espectro”, disse a Médica Anestesiologista do Huol, Keila Filgueira. Além disso, será realizado um mutirão de atendimento odontológico sob sedação de pacientes que precisam realizar procedimentos odontológicos, mas não conseguiriam realizar sem a sedação.
“A necessidade de atenção à saúde bucal é uma realidade no autismo, dada a sua dificuldade devido às hipersensibilidades sensoriais. De forma individualizada e multiprofissional o Huol abraça essa causa entregando um evento de excelência para a comunidade. Todos os profissionais envolvidos no mutirão serão treinados em habilidades comportamentais para fazer do evento ainda mais próprio e particular do autismo”, enfatiza, Keila Filgueira.
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
De acordo com médica anestesiologista do Huol, Keila Filgueira, o autismo é um transtorno do Neuro desenvolvimento com causas múltiplas, fatores ambientais, genéticos, parentais são conjuntamente conhecidos por serem a base patológica do autismo.
“O autismo se manifesta em homens e mulheres epidemiologicamente em prevalência parecida, mas pelo diagnóstico mais difícil em meninas, há a impressão que o autismo é mais comum em meninos. Não existe grau de intensidade do transtorno, mas sim o grau de suporte que o indivíduo precisa para realizar suas atividades- desde quase nenhum a auxílio substancial”, explica, Keila Filgueira.
A profissional esclarece que os sintomas mais comuns de autismo em crianças e adultos obedecem a três grandes classes: estereotipias (movimentos repetitivos), falta de habilidade social e rigidez cognitiva, em maior ou menor grau, esses sintomas estão sempre presentes. “O autismo não se trata de uma doença, mas sim de uma condição, uma particularidade do indivíduo, por isso não falamos de cura. Com as terapias e o diagnóstico precoce, há ganho importante de função e a independência se torna bastante possível”, ressalta, Keila Filgueira.
Sobre a probabilidade de manifestação do autismo entre homem e mulher, a médica anestesiologista do Huol esclarece que durante muito tempo focou no sexo masculino como grande parcela do espectro, “com o tempo revelou-se igual e até talvez um pouco maior em meninas. A diferença é que elas mascaram mais os sintomas, sendo o diagnóstico mais difícil e muitas vezes mais tardio”, disse.
Tratamento
O tratamento do autismo é baseado em dar independência ao indivíduo, através de terapias que o auxilie nas dificuldades de fala, de comportamento, de habilidades motoras. “A ciência evoluiu muito nas multiterapias e elas compõem papel chave para o ganho de habilidades no espectro”, enfatiza, Keila Filgueira.
