Evandro Borges

Advogado e especialista em gestão pública.

29/12/2017 12h35
Este tema não gostaria de fechar o ano no canto desta coluna, em face de  que muitos falam, poucos contribuem, ficando apenas na constatação, alguns criam situações de terrorismo e amedrontamento coletivo, aumentam o clima de má expectativas, gostaria nesta sexta-feira que antecede o dia primeiro, falar sobre paz, amor,  solidariedade, fraternidade, comunhão, congraçamento, no entanto, não é possível, e não podemos pecar pela omissão.
 
Os ilícitos praticados na contemporaneidade são de outra natureza, do chamado crime organizado, armado com armas letais pesadas, profissionais que se dedicam a este fim, com planejamento de ações, violentos, com objetivos definidos, de usurpar, retirando a vida das pessoas sem dó e piedade, utilizando métodos variados, com a surpresa necessária, sem deixar direito a defesa.
 
Agora em dezembro o homicídio que mais deixou a população chocada, foi o que ocorreu em São José do Campestre, com o jovem Alan, de trinta e seis anos, empresário bem sucedido, filho da Prefeita Alda Romão e seu assessor direto, morreu nos braços da mãe, que não conseguiu, sequer, socorre-lo, causando um profundo trauma coletivo naquela municipalidade do Agreste e da Região, em pleno Natal.
 
Os sequestros relâmpagos vêm se sucedendo, roubos e furtos, estouros de caixa eletrônico, carros tomados de assalto, lojas sendo arrombadas, arrastões no comércio e a famílias inteiras, a bares e restaurantes,  casas de praias com famílias vítimas de assaltos, retirando o sossego e a paz, uma situação que se vinha anunciando, mais cedo ou mais tarde, agora sendo realizada com mais ênfase, em face da crise de segurança causada pela falta de pagamento salarial dos forças militares e civis.
 
A associação da crise de segurança e com o crime organizado, com um governo cambaleante e isolado, criou uma situação de muita adversidade, a falta de pagamento da remuneração dos servidores, atrasos injustificados, falta de prioridades, vem causando intranquilidade, e com a realização de manifestações típicas desta época, de ano novo, com festas e queimas de fogo, geram uma situação de incerteza.
 
O Prefeito de Parnamirim, Rossano Taveira anunciou a suspensão das atividades do ano novo em Pirangi, afirmando se tratar de uma questão pura de segurança, tendo na verdade suas razões verdadeiras, inclusive de expor as pessoas e as famílias a uma situação dramática, não podendo colocar em risco a vida humana, principalmente, da juventude, propensa as festas e não medem as consequências.
 
O momento é pedir paz, os homens e as mulheres serem os mais sensatos possíveis, sendo melhor, as opções de festas em casa, em ambientes com mais segurança, de mudar os hábitos e os costumes, e esperar o tempo transformar, para a retomada, que seja breve, pois, não podemos desperdiçar o potencial turístico do Estado, e com toda uma trajetória construída.
 

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