Evandro Borges

Advogado e especialista em gestão pública.

02/03/2018 09h47
A data das eleições de sete de outubro se aproxima, e a conversa em torno dela começam a ganhar ares recorrentes em todas as rodas, afinal, as eleições periódicas com calendário estabelecido, vai decidir sobre a Presidência da República, a renovação de dois terços  para o Senado, para a Câmara Federal, Governador de Estado e Assembleia Legislativa, portanto, dá maior importância para o empoderamento político.
 
A grande questão colocada, diz respeito ao comportamento do eleitorado em qual rumo tomará? Vai se comportar mais independente ou da mesma forma, reproduzindo os pedidos das velhas lideranças políticas? O que na verdade vai mudar? As novas candidaturas vão ter chances? A especulação é grande e alguns apresentam indicativos, buscados na forma empírica de consulta, traduzindo um sentimento de mudança.
 
Há de certa forma um consenso, mudanças ocorrerão, talvez, nem tanto como seja desejado, com os políticos tradicionais, votados de forma perene ao tempo, existe uma repulsa, com exceções claro, pois não há uma regra e nem padrão, cada caso é um caso, mas, os candidatos novos ou velhos, precisam se comunicar bem, utilizar efetivamente, o instrumento das redes sociais, agora consolidado.
 
As informações nas redes sociais passou a valer e muito, as verdadeiras e as falsas, não há uma distinção forte, poucos conseguem visualizar o que é concreto e o que é enganação, muitas opiniões nas mais diversas matizes, as corporações, os representantes de instituições, os partidos que se modernizaram começam a levar uma vantagem, plantando os seus pontos de vistas.
 
O financiamento público de campanha, a fiscalização e a judicialização das eleições são temáticas de certa forma que pairam dúvidas, com opiniões divergentes e contraditórias, e a experiência desta campanha que está se aproximando será um grande laboratório, como são as questões de ordem social, com um resultado ainda sem previsão segura.
 
No embate das ideias há temas preferidos, crise, incluindo violência, reforma trabalhista e da previdência, desemprego, golpe, políticas sociais, situação do Estado, servidores públicos, classes sociais, comunicação social com ênfase na Rede Globo, privatizações, lava jato e corrupção, partidos políticos, sindicatos, intolerância, diálogo, e lideranças políticas, e outros temas menos discutidos.
 
Um tema que precisa entrar na ordem do dia, deveria ser a Região Metropolitana de Natal, com o crescimento populacional desta Região, com um PIB considerável, com boa renda per capita, com capital social e humano imenso, contudo, com problemas crônicos, e com os seus agentes políticos que não consegue reunir, e tentar resolvê-los de modo transparente e no contexto do interesse público.
 
Que venham as eleições, e que haja bastante discussão com os temas considerados de importância, que os eleitores participem ao seu modo, e caso seja confirmado o sentimento empírico das mudanças traduzidos através voto popular, confirmando a democracia representativa em construção, mesmo com os retrocessos, afinal, o desenvolvimento econômico, social e cultural de um povo não é linear.  
 

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