09/03/2017
Ao menos 13 mulheres foram detidas nas proximidades da Trump Tower, em Nova York, durante os protestos pelo "Um Dia Sem Mulheres", segundo o Departamento de Polícia de Nova York.
O departamento não classificou as detenções como prisões, nem identificou as pessoas detidas.
Mas segundo a Marcha das Mulheres, algumas das organizadores estão entre as levadas para a delegacia.
"Não sabemos para onde estamos sendo levadas. Mas estamos juntas, irmãs", disse o grupo em postagem no Twitter, com uma foto de várias delas em um camburão.
Mulheres realizaram manifestações em várias cidades nesta quarta-feira (8) nos Estados Unidos a favor da igualdade econômica e contra as políticas do presidente Donald Trump sobre aborto e assistência de saúde, no "Um Dia sem Mulheres". Algumas não foram trabalhar, enquanto outras boicotaram lojas.
Buscando aproveitar o ímpeto gerado com a passeata das mulheres em Washington de 21 de janeiro, dia posterior à posse de Trump, o protesto de um dia é realizado no Dia Internacional das Mulheres. O dia foi em parte inspirado na manifestação pró-imigrantes de 16 de fevereiro, o mais recente de uma série de protestos contra Trump desde que ele se elegeu em novembro.
"Eu tinha que vir para mostrar que ele não é o meu presidente. Sempre que ele abre a boca, é uma lata de lixo", afirmou Iloane Lila, 73 anos, que se juntou a milhares de mulheres num ato em Nova York.
Lila, que nasceu em Trinidad, disse que pediu folga do trabalho como babá e que participou de seu primeiro protesto político em janeiro devido a sua irritação com Trump.
Uma multidão similar se reuniu em Washington, e outros atos eram planejados para Atlanta, Chicago e San Francisco.
Pelo menos três distritos escolares, em Virgínia, Maryland e Carolina do Norte, fecharam nesta quarta por causa da falta de funcionários.
O objetivo do movimento é chamar a atenção para "o enorme valor que mulheres de todas as origens acrescentam para o nosso sistema sócio-econômico trazem, enquanto recebem salários mais baixos e experimentam grandes desigualdades, descriminação, assédio sexual e insegurança no trabalho", segundo o site oficial da Marcha das Mulheres.
Fonte: UOL