Esporte
Brasil conquista 4 medalhas de ouro no Mundial de Atletismo em Kobe nesta segunda (20)
20/05/2024 11h17
Foto: Reprodução / CPB
Nesta segunda-feira (20), o Brasil teve mais um dia dourado no Mundial de Atletismo em Kobe, Japão. Com a conquista de quatro medalhas de ouro, a equipe brasileira mostrou sua força e determinação a 100 dias da abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris. Os atletas Júlio Agripino, Beth Gomes, Rayane Soares e Claudiney Batista subiram ao lugar mais alto do pódio, repetindo o desempenho do primeiro dia do campeonato.
Confira as conquistas do dia
Júlio Agripino nos 5000m T11
Júlio Agripino brilhou nos 5000m da classe T11 (para atletas com deficiência visual), garantindo o ouro com o tempo de 4min02s23. Esta foi sua segunda medalha em Kobe, após conquistar a prata nos 1500m T11.
Beth Gomes no Lançamento de Disco F53
Beth Gomes, competindo na classe F53 (para atletas que competem sentados), conquistou seu terceiro título mundial no lançamento de disco com uma marca de 17,22m. Este feito foi um pouco abaixo do seu recorde mundial de 17,80m, estabelecido no Parapan de Santiago 2023. Beth expressou sua felicidade e gratidão: “Esse título significa muito, minha resiliência e minha vontade de viver. Toda vez que acordo, eu sei que a esclerose múltipla não me venceu. Então, é uma realização esse tricampeonato. Estou muito feliz e gostaria de agradecer a todos que me apoiam”, afirmou.
Rayane Soares nos 200m T13
Rayane Soares, competindo nos 200m T13 (para atletas com deficiência visual), venceu sua prova com o melhor tempo da temporada, 24s89. Este foi seu primeiro título mundial nos 200m, após um bronze nos 400m em Paris 2023 e ouro nos 400m em Dubai 2019.
“Treinei para isso. Estava fazendo tempos muito fortes nos treinos, estava melhorando cada vez mais. Então, a nossa expectativa era muito alta. Eu estava muito confiante e consegui. Tem adrenalina, ansiedade e pensamentos negativos, mas eu consegui ter controle e vencer a prova”, afirmou Rayane, que ainda vai correr os 400m às 22h55 (de Brasília) da próxima quinta-feira, 23.
Claudiney Batista no Lançamento de Disco F56
Claudiney Batista manteve sua hegemonia no lançamento de disco F56 (para atletas que competem sentados), conquistando seu tricampeonato mundial com uma marca de 45,14m, a melhor da temporada e recorde da competição. Esta foi sua sétima medalha em mundiais de atletismo, incluindo três ouros.
Desempenho Geral
Com essas vitórias, a Seleção Brasileira de atletismo está a apenas duas medalhas de ouro de igualar o desempenho no Mundial de Paris 2023, onde conquistou 14 ouros. O Brasil ocupa a segunda posição no quadro geral de medalhas em Kobe, com 12 ouros, 5 pratas e 3 bronzes, atrás da China, que tem 13 ouros, 9 pratas e 11 bronzes.
Ainda nesta segunda-feira à noite (horário de Brasília), o Brasil pode alcançar a meta de igualar as 14 medalhas de ouro do Mundial de Paris, com Raissa Machado competindo no lançamento de dardo F56 e Aline Rocha nos 1500m T54 (que competem em cadeira de rodas).
A paulista Verônica Hipólito conquistou a última medalha do dia para o Brasil, levando o bronze nos 100m T36 (para atletas com paralisia cerebral) com o tempo de 14s35. "Tem ouro que é ouro. Mas tem bronze que também é ouro. Tenho certeza de que esse terceiro lugar é muito importante para mim", afirmou Verônica.
O evento, que ocorre no Japão no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, foi adiado de 2021 devido à pandemia de coronavírus. O Mundial em Kobe ocorre após o Mundial de Paris 2023, onde o Brasil teve seu melhor desempenho histórico em mundiais, com um total de 47 medalhas (14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes).
Os atletas brasileiros contaram com o apoio das Loterias Caixa e da Braskem, patrocinadoras oficiais do atletismo. O Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível beneficia 114 atletas, incluindo Beth Gomes, Raissa Machado e Claudiney Batista. Além disso, Beth Gomes, Rayane Soares, Raissa Machado e Claudiney Batista fazem parte do Time São Paulo, uma parceria entre o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo.
Fonte: Com informações de CBP