Sindicalismo

Congresso dos Trabalhadores em Parnamirim discute desafios e estratégias para o futuro

16/08/2024 17h34

Por: Hiago Luis e Rafael Campelo

Congresso dos Trabalhadores em Parnamirim discute desafios e estratégias para o futuro

Foto: Rafael Campelo

O 4° Congresso dos Trabalhadores no Serviço Público do Município de Parnamirim (CONSERP) aconteceu nesta sexta-feira (16), no Clube Albatroz, em Emaús, com o tema "Defender Direitos e Organizar o Espontâneo". O evento, que se estendeu ao longo do dia, reuniu servidores públicos do município para discutir temas essenciais relacionados ao trabalho, direitos e desafios enfrentados pela categoria.

A coordenadora-geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Parnamirim (SINTSERP), Vilma Leão, destacou a importância dos temas abordados no congresso: "O nosso congresso debaterá análise de conjuntura nacional e internacional, saúde do trabalhador, previdência própria e orçamento do município de Parnamirim. São temas de extrema importância. Falar sobre a conjuntura para entender como organizar as nossas lutas para os próximos anos", afirmou a líder sindical.

Ainda segundo Vilma, é crucial compreender o cenário da luta pelos direitos dos trabalhadores, especialmente no que diz respeito à previdência. "Analisar a situação dos servidores do município que hoje se aposentam pelo regime geral de previdência, que, depois da 'deforma' – não vou chamar de reforma – da previdência, vai precisar se discutir uma previdência própria para os trabalhadores, pois ficou difícil a nossa situação", explicou. Outro ponto de preocupação levantado por Vilma é a saúde dos servidores, que, de acordo com ela, tem registrado um aumento nos índices de adoecimento.

O presidente da CTB/RN, Alexander Brito, também esteve presente no evento e enfatizou a importância da organização dos trabalhadores em um cenário adverso, onde a "desregulamentação" e as mudanças na legislação trabalhista representam ataques diretos aos direitos conquistados ao longo dos anos. "As próprias entidades representativas dos trabalhadores, e até mesmo a Justiça do Trabalho, hoje têm uma cobertura muito menor de ações, visto que a legislação, a chamada reforma trabalhista, penaliza o trabalhador que entrar na justiça [e que eventualmente não ganhe a causa]. Então, ninguém, ou muito pouca gente, vai entrar com ação na justiça sob pena de ter que pagar os custos", analisou Brito. Ele vê nesse dilema uma forma de coibir parte dos direitos dos trabalhadores.

Contudo, Brito reforçou que, apesar desses desafios, a luta dos trabalhadores continua sendo fundamental, e que as conquistas históricas, como a jornada de trabalho e o direito ao descanso, não foram concedidas, mas sim obtidas através de organização e mobilização.

Confira as palestras e atividades que fizeram parte da 4ª edição do CONSERP:


Autor: Hiago Luis e Rafael Campelo