Polícia
Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em operação contra lavagem de dinheiro e jogos ilegais
23/09/2024 17h17
Foto: Reprodução / Redes Sociais
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor Gusttavo Lima, investigado no âmbito da Operação Integration. A ação apura um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais que resultou, anteriormente, na prisão da influenciadora digital Deolane Bezerra. A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, destacou que Lima teria dado "guarida a foragidos" e decretou a prisão preventiva do artista.
De acordo com a decisão judicial, Gusttavo Lima viajou com José André e Aislla, casal investigado na operação, de Goiânia para a Grécia, mas os dois não retornaram ao Brasil, optando por permanecer na Europa para evitar a justiça. "A conivência de Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro do cantor] compromete a integridade do sistema judicial", afirma a magistrada.
Envolvimento com a Operação Integration
A Operação Integration foi deflagrada no início de setembro e já resultou em diversas prisões e apreensões. No mesmo período, um avião de propriedade da Balada Eventos e Produções, empresa de Gusttavo Lima, foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo, o que levantou suspeitas sobre o envolvimento do cantor no esquema. O artista afirmou, em suas redes sociais, que o avião havia sido vendido no ano anterior e que ele não tinha mais relação com a aeronave.
“A Balada Eventos esclarece que a aeronave foi vendida por meio de contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC”, disse o advogado da empresa.
Além da prisão de Gusttavo Lima, a juíza Andrea Calado também decretou a prisão de Bóris Maciel Padilha, outro suspeito. O mandado incluiu a suspensão do passaporte e a posse de armas de fogo dos investigados.
Investigação em andamento
A operação segue com investigações sobre um esquema que teria movimentado bilhões de reais através de jogos de azar e lavagem de dinheiro. A Justiça também determinou o sequestro de bens como aeronaves, carros de luxo e imóveis, além do bloqueio de ativos financeiros no valor de mais de R$ 2 bilhões.
A equipe de defesa do cantor afirma que Gusttavo Lima é inocente e pretende recorrer da decisão.