Parnamirim

UPA de Parnamirim suspende novos atendimentos do Samu devido à superlotação

27/09/2024 14h50

UPA de Parnamirim suspende novos atendimentos do Samu devido à superlotação

Foto: Reprodução
 
 
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, suspendeu na noite desta quinta-feira (26) os atendimentos de novos pacientes trazidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) devido à superlotação. Os pacientes que já se encontram internados e aqueles que chegam por conta própria continuarão recebendo assistência. Diante da decisão, o Samu começou a redirecionar os casos para o Hospital Márcio Marinho, localizado em Pirangi do Norte.
 
Uma nota divulgada pela direção da UPA, assinada por Henrique Costa, diretor da unidade, explica a situação e aponta a superlotação como motivo da suspensão. Às 23h30 desta quinta-feira, a UPA estava com 41 pacientes internados, práticamente o dobro da sua capacidade máxima, que é de 22 leitos.
 
“Fica estabelecido que, diante da atual conjuntura de superlotação do serviço e falta de espaço físico, não é possível alocar nenhum paciente dentro da unidade, sendo necessário fechamento da porta até que solução eficaz seja encontrada. (...) Contamos com o empenho de toda gestão na busca de uma solução para escoamento urgente dos pacientes, bem como um efetivo hospital de retaguarda, para situações futuras”, diz o comunicado, que ainda ressalta a necessidade de um hospital de retaguarda para escoar os pacientes.
 
Problemas na regulação do Estado
 
A direção da UPA ressalta que a situação crítica vem se agravando nas últimas duas semanas, devido à falta de vagas na rede estadual de saúde. De acordo com Henrique Costa, pacientes permanecem internados na UPA por vários dias, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda que o tempo de internação não exceda 24 horas.
 
A nota cobra uma ação imediata do Estado para a regulação de pacientes, o que ajudaria a aliviar a superlotação. Além disso, a direção da UPA solicitou o apoio da Guarda Municipal para garantir a segurança dos funcionários, dos pacientes e do patrimônio público durante este período de crise.
 
Apesar da situação, Henrique Costa reforça que a UPA não está fechada, e o atendimento a pacientes que cheguem por conta própria segue normalmente.