Emanuela Sousa

03/01/2021 00h11
 
2020 com um Novo Olhar
 
Foi um ano pesado. E isso não é novidade para ninguém... Sai de 2020 como se tivesse tirado um peso nos ombros, mas ainda receosa com o que vem por aí. E acredito que vocês também tiveram essa mesma sensação.
 
O dia 31 pela manhã me rendeu reflexiva e reclusa. Estava pensando em fazer uma pequena retrospectiva, com fotos que tirei ao longo do ano, mas acabei tendo que mudar de ideia. Até porque, convenhamos... 2020 não foi um ano "divertido", como aqueles que a gente coleciona uma série de fotos de momentos marcantes entre familía e amigos. Não foi o ano das festas, nem das viagens. Para mim, além de atípico foi marcado por trabalho intenso. 
 
Começando que publiquei através da Editora Penalux o meu segundo livro, depois de passar por outras editoras que não o aceitaram, finalmente consegui levá-lo a publicação. Meses depois, fui convidada para a coluna aqui no Potiguar. O que foi mais do que uma honra, foi um presente. 
 
Sem contar as milhares demandas que precisei atender, convites de amigos blogueiros, entrevistas em sites, revistas artisticas, e quando pensei que tinha terminado por aí fui indicada ao Prêmio Guarulhos de Literatura. "Oi?" Eu não tive reação ao receber a notícia. Até hoje lembro das mãos trêmulas enquanto segurava o telefone. Não ganhei o prêmio, mas já de ser indicada foi outro presente que ganhei.
 
2020  não foi o ano das grandes paixões, não vivi um grande amor. Foram paixões instântaneas, que não pude dar palco à realidade. Me decepcionei também; rompi laços que não existiam reciprocidade. Me aproximei de pessoas do qual jamais imaginei, fiz diversas amizades pelas redes sociais.
 
Experimentei o amor e o desamor, inventei amores que só existiam na minha imaginação. Me consolo por isso, afinal, tudo o que um escritor precisa para manter seu trabalho vivo é alguém que o inspire.
 
Em 2020 eu continuei- graças a Deus e a minha força de vontade, as sessões de psicoterapia. Todas foram on-line, devido ao distanciamento social. Não pensei, em nenhum momento de desistir, apesar das dificuldades e dos obstáculos em fazer tudo dentro de casa. Eu sabia que a terapia seria a válvula de espace essencial em tempos de pandemia. 
 
2020 foi um ano pra lá de atipico. Não vou romantiza-lo, mas tive que fazer um pequeno reajuste antes das criticas.Reconhecer que,  apesar dos perrengues, das decepções, e da ansiedade que tomou conta, foi o ano que mais trabalhei no que gosto. Precisei ser produtiva, tive que estudar duas vezes mais, ter contato direto com a arte, com escritores, jornalistas músicos... Expandi  o horizonte. Preciso ser grata, admito.
 
Desde já, desejo que este ano seja infinitamente melhor à nós, que daqui há um tempo a gente esqueça as dores e perdas que tivemos em 2020.
 
Não importa o que nos aconteceu, confie no destino.
 
Mire o horizonte.

*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).