Evandro Borges

Advogado e especialista em gestão pública.

23/02/2024 08h32

 

O ano eleitoral e administrativo começou

 

Na administração pública municipal não tem outros assuntos, são as questões de ordem administrativa, principalmente as estruturantes entraram na ordem do dia devido ao último ano do mandato e o processo eleitoral com o calendário já definido com prazos importantes a serem cumpridos. As duas conversas são longas, apaixonantes, entusiasmadas, arrastando homens e mulheres para as discussões e debates.

O debate eleitoral passa pela avaliação da gestão, o desempenho dos gestores, as ações realizadas. Os partidos, a janela do mês do mês de março, praticamente na próxima semana, as possibilidades de nominatas, o quociente eleitoral para as proporcionais, os vereadores, a postura da Câmara Municipal, a articulação política na esfera regional, no governo do Estado, o apoio da bancada federal, os passos a serem dados.

Em alguns Municípios “parecem que as eleições estão definidas”, apenas nos arranjos até aqui trabalhados, embora, no Estado Democrático de Direito, com eleições periódicas e a verdade das urnas, sempre há novidades.  Ninguém venceu eleições de vésperas, sem os atos importantes, das convenções, das coligações, das campanhas com os seus comícios, passeatas e posicionamentos.

Após a mensagem dos Prefeitos perante as Câmaras Municipais, que agora, podem ser transmitidas ao vivo, com uma excelente audiência dos munícipes, sendo fator de avaliação de sua responsabilidade e com a chegada da semana pedagógica, que se avalia a participação dos profissionais do magistério e a satisfação dos mesmos, correspondem a sinalizadores de indicação com a governança da administração pública municipal, aferindo a eficiência e a respeitabilidade dos gestores.

As pesquisas e enquetes não faltam, tem de todos os jeitos e formas, com credibilidade e sem nenhum crédito, algumas apenas para efeitos, bem poucas oficiais. Apenas os resultados são divulgados.  As acomodações e adesões de toda a parte, da situação e da oposição. Uns que vão e outros que ficam. Os movimentos dados são avaliados, mesmos os menores que sejam, um verdadeiro jogo de xadrez nas estratégias.

Nas semanas pedagógicas, que se transformou em uma boa rotina, os assuntos, via de regra, pautados entre os participantes, principalmente versam sobre: o ano letivo, a recente conferência nacional da educação, as condições físicas das escolas, capacitação profissional, o piso nacional dos profissionais, a postura dos gestores e diretores, a escola em tempo integral, os avanços tecnológicos, as relações com a comunidade escolar, e um assunto que vem surgindo de maneira forte é o meio ambiente, talvez pelas evidências das mudanças climáticas.

Para o nosso semiárido com o bioma da caatinga, o inverno é assunto dos mais importante, para a segurança alimentar e nutricional da população, haja vista, as vulnerabilidades de ordem econômica, social e humanas, os programas e políticas públicas ainda são insuficientes para garantir a dignidade humana. O inverno e as chuvas são assuntos que surgem como se fosse “uma questão de ordem administrativa” e agora com analistas das previsões pluviométricas, e o que está acontecendo nos oceanos pacífico e no atlântico e a força da mística das vivências.

No início do ano presente a abordagem do temário nos Municípios são as que foram estampados, eleições municipais e questões administrativas que se encontram na ordem do dia, constatadas nas inúmeras viagens e nas comunicações mantidas com diversos interlocutores e nos questionamentos do cotidiano na realização das tarefas do ofício profissional.

 


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