Doutora em Educação (UFRN/2010), professora dos cursos de Graduação e dos Programas de Pós-Graduação do IFRN e Coordenadora Institucional do PIBID/IFRN/2013.
Andrezza Tavares
O Atendimento Pedagógico Domiciliar é um formato de educação que objetiva dar continuidade a escolarização em domicílio, beneficiando estudantes que por estarem em tratamento de saúde, ou em situação de prevenção, se encontram temporária ou permanentemente afastados da frequência regular das escolas, como no caso do isolamento social da atual Pandemia, por exemplo.
A oferta deste atendimento pedagógico está prevista na legislação federal o que garante seu status de direito. Quanto a isso, se faz necessário tornar a lei de conhecimento público e notório e assim permitir que o direito seja exigido e atendido, inclusive, no formato de aulas domiciliares, muitas vezes eletrônicas, como vem sendo praticando por muitas escolas no atual contexto do Covid-19.
A principal orientação dos professores que atuam no Atendimento Pedagógico Domiciliar é que o cuidado com o ambiente residencial dos sujeitos envolvidos interfere intensamente no desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem. É fundamental a organização do espaço e as relações estabelecidas com os familiares e acompanhantes dos estudantes, não basta apenas apresentar a lista dos conteúdos, a formação de vínculos faz a diferença nesse processo.
Ao entrar no domicílio, a postura profissional e ética do professor, particularmente na relação estabelecida com a família, representa um benefício de grande importância para a posteridade dos processos de ensino e de aprendizagem. O profissional da educação que busca a qualidade em suas práxis, necessita prioritariamente desenvolver a habilidade de aprender ao longo da vida, entendendo que a qualidade da educação é proporcional a qualidade de sua formação.
Na ação junto aos estudantes do Atendimento Pedagógico Domiciliar muitos são os desafios dos docentes, já que representa uma realidade muito diversa daquela para o qual o professor foi preparado em sua formação inicial. Em tempos de mudança do eixo pedagógico do chão das escolas para o ambiente de aulas em domicílios, nos formatos plugados e desplugados, é fundamental que gestores, professores e responsáveis procurem ler atenciosamente sobre essa temática para alargar o desenvolvimento dos estudantes no processo. A Pandemia tornou a mediação domiciliar, antes fruto de realidades específicas, em regra que está sendo seguida pela maioria dos estudantes que têm a oportunidade de continuar estudando em domicílio por meio de aulas impulsionadas por dispositivos eletrônicos.
Nota: Esta Coluna publicada no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado a Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico, TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br.
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