Andrezza Tavares

Doutora em Educação (UFRN/2010)​, professora dos cursos de Graduação e dos Programas de Pós-Graduação do IFRN e Coordenadora Institucional do PIBID/IFRN/2013.

31/05/2020 10h32

 

 

 

Andrezza Tavares

Iracyara Maria Assunção de Souza

 

            A pandemia do COVID-19 mudou a vida das pessoas em todo o mundo. A adoção de medidas como o isolamento social e o amplo cuidado com a higiene passaram a ser imprescindíveis para mitigar a propagação da doença. Em função do necessário isolamento social, distintos fazeres humanos que aconteciam em espaços específicos como escola, restaurante, cinema, escritório, espaço de festa e academia para exercícios físicos foram transferidos para dentro de casa. Este texto vinculado ao jornal Potiguar Notícias por meio da coluna “Educação com Andrezza Tavares” apresenta reflexões da Doutoranda Iracyara Maria Assunção de Souza, estudante de Doutorado na Pós-Graduação acadêmica do IFRN (PPGEP), sobre qualidade de vida no enfrentamento da Pandemia do COVID-19.

            De acordo com Iracyara Souza, “não há como dialogar sobre qualidade de vida sem considerar o respeito ao isolamento social como condição de continuar a existir saudavelmente”. O isolamento requer transformação radical da rotina caseira impondo a necessidade de pensar a saúde e a qualidade de vida quanto aos pilares: alimentação, atividade física, sono, trabalho, afetividade, sexualidade e o lazer (MOREIRA, 2005).  

           Com a pandemia do COVID-19 a casa tornou-se um espaço de trabalho em tempo integral. Diante deste contexto é necessário pensar sobre: Como ampliar o nível de qualidade de vida para os confinados? Para Iracyara, “certas atitudes podem ser valiosas no sentido do viver bem. Hoje ainda mais que antes é preciso fazer do ócio um contexto criativo compreendido como lazer, trabalho mental suave e repouso. Destacamos o lazer não só para o trabalho, mas para o repouso e para a diversão”. Todas as coisas se tornam leves graças a disponibilidade perene e a alegria natural expressa através do corpo, da musicalidade e da dança (DE MAIS, 2000, p. 336).

       Como as casas podem abrir as portas para que as pessoas confinadas possam criar possibilidades de alimentar o ócio criativo e atingir melhores níveis de qualidade de vida? A resposta é “a partir de ações como atividades lúdicas e culturais que traduzam equilíbrio, paz, beleza e divertimento. É essencial permanecer criando a cultura de movimento para sentir o ser-corpo e se alimentar da sua alegria própria quando ele se movimenta”.

         Qual orientações podemos seguir para aproveitar melhor o momento de isolamento social? A doutoranda em ciências da educação responde que “tornando-o um em um autêntico encontro familiar, presencial ou à distância, que agregue qualidade de vida. Devemos ressignificar o tempo de casa potencializando o brincar para manter o corpo em movimento, revivendo brincadeiras como jogos de tabuleiros e encaixes, cantigas de roda, o brincar de casinha, de esconde-esconde, montar quebra-cabeça, leituras, pinturas, colagens e os jogos eletrônicos. Acordando com alongamentos, ouvindo músicas, fazendo ginástica e exercícios físicos regulares, organizando gincana com as atividades de casa... Além disso, é importante se envolver com tarefas próprias do lar como: forrar cama, arrumar sapatos e tênis, arrumar gavetas, mesa para as refeições, dentre outras... É recomendado também assistir filmes com histórias edificantes. O segredo é fugir da agenda cansativa, repetitiva e entediante. Numa casa divertida cabe o repouso junto com o trabalho suave, a corporeidade ativa e criativa, e as interações familiares com aprendizados repletos de expressões como amor, compaixão, responsabilidade individual e solidariedade”.    

 

Nota: Esta coluna publicada no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado á Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico, TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br.  

 


*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).