Doutora em Educação (UFRN/2010), professora dos cursos de Graduação e dos Programas de Pós-Graduação do IFRN e Coordenadora Institucional do PIBID/IFRN/2013.
No final do ano 2019, o novo Coronavírus foi nomeado pela comunidade científica como SARS-CoV. Este novo vírus produz a doença classificada como COVID-19 sendo agente causador de uma série de casos de pneumonia inicialmente na cidade de Wuhan (China). O coronavírus é um vírus entre muitos, centenas, milhares que são conhecidos, e que causam doenças nos seres humanos. Este texto vinculado ao jornal Potiguar Notícias por meio da coluna “Educação com Andrezza Tavares” apresenta reflexões sobre o campo das ciências biológicas a partir de diálogo realizado com a professora e pesquisadora Maria Judivanda da Cunha, Bióloga e Mestre pelo Programa de Pós-Graduação Acadêmica do IFRN, o PPGEP. A coluna aborda a definição, características e impactos sociais dos vírus.
De acordo com a pesquisadora Judivanda Cunha, “os vírus são organismos que foram descobertos a partir de estudos independentes realizados por Dmitri Iwanowski e Martinus Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente. Estes pesquisadores estudaram o agente causador da doença denominada de mosaico do tabaco, que deixava as folhas de tabaco manchadas entre a coloração verde-escura e clara. Apesar da descoberta, foram visualizados apenas na década de 1940, após a invenção do microscópio eletrônico”.
O campo da biologia alerta que os vírus são organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 nm, são denominados de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se reproduzem no interior de células. Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem célula e metabolismo próprio e, por isso, não são considerados por muitos autores como formas de vida. Entretanto, em virtude da capacidade de se autoduplicar e possuir variabilidade e ácidos nucleicos, outros especialistas consideram esses organismos como seres vivos.
Segundo Judivanda Cunha “ainda não há informações plenas sobre a história natural, nem medidas de efetividade inquestionáveis para o manejo clínico dos casos de infecção humana pelo SARS-CoV-2, restando ainda muitos detalhes a serem esclarecidos sobre o coronavírus. No entanto, sabe-se que possui alta carga de transmissibilidade e que provoca síndrome respiratória aguda que varia de casos leves (cerca de 80%), a casos muito graves com insuficiência respiratória (entre 5% e 10% dos casos). Sua letalidade varia, principalmente, conforme a faixa etária e condições clínicas associadas segundo dados do SAPS no corrente ano de 2020”.
Para aliviar um pouco o pesadelo da atual pandemia e o tédio provocado pelas medidas de mitigação da doença como o isolamento social, por exemplo, a pesquisadora lembra que este cenário sufocante para muitos vai passar. Sobre isto destaca que “quando os Beatles lançaram a canção Love me do, o sarampo causava epidemias que matavam cerca de dois milhões de pessoas por ano. Pouco depois, em 1963, chegou a primeira vacina contra essa doença. O sarampo foi o pior pesadelo para os epidemiologistas pois se trata de um vírus grave que assim como coronavírus se propaga com imensa facilidade pelo ar. Cada pessoa com sarampo pode contagiar outras 15, através da tosse e espirros que deixam o vírus flutuando por algumas horas. Qualquer um pode se contagiar ao atravessar essa nuvem invisível. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu até agora que esse não parece ser o caso do novo coronavírus, que flutuaria menos por ser mais pesado que o sarampo, informação socializada pelo jornalismo do EL PAIS (2020)”.
Nota: Esta Coluna publicada no Portal de Jornalismo Potiguar Notícias integra o repertório de publicações do Projeto pluri-institucional intitulado “Diálogos sobre Capital Cultural e Práxis do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) - IV EDIÇÃO”. O Projeto, vinculado à Diretoria de Extensão (DIREX) do campus IFRN Natal Central e ao Programa de Pós-Graduação Acadêmica em Educação Profissional PPGEP do IFRN, articula práxis do campo epistêmico da Educação a partir de atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação e internacionalização com o campo da comunicação social a partir da dinâmica de produções jornalísticas por meio de diversos canais de diálogo social como: portal de jornal eletrônico, TV web, TV aberta, rádio e redes sociais. O objetivo do referido Projeto de Extensão do IFRN é socializar ideias e práxis colaboradoras da educação de qualidade social, de desenvolvimento humano e social por meio da veiculação de notícias em dispositivos de amplo alcance e difusão de comunicação social. Para mais informações sobre o Projeto contacte a coordenadora: andrezza.tavares@ifrn.edu.br.
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