Bia Crispim

24/03/2023 11h45

 

Encontros e despedidas (com data marcada para novos reencontos)

 

Amizades verdadeiras são laços que não se desatam facilmente. Não, mesmo! Ontem, ao viajar para Caicó para resolver umas questões particulares, reencontrei algumas dessas pessoas queridas a quem chamo de amigos e amigas. Pessoas cujo contato tinha sido mantido exclusivamente por redes sociais, levando em consideração os muitos anos que eu não pisava em terras caicoenses com tempo pra bater pernas e visitar os meus/as minhas.

Após meu compromisso, resolvi caminhar pela cidade e para minha surpresa fui encontrando muita gente com quem convivi, sim, já morei em Caicó por alguns bons anos, e que abria sorrisos e braços para me cumprimentar e saber como eu estava: “Tá por onde?”, “Menina, quem é viva, aparece!”, “Mas tá bonita!”, “Não acredito que é vc!!!”... E como essas expressões todas vêm recheadas de afagos, de boas memórias, de sorrisos e calor humano! Ou seria de calor amigo!? Ou ainda, calor de Caicó?! (Rsrsrsrsrsrs...)

Nessa minha caminhada tinha um destino certo, a casa da minha amiga multiartista, cabeleireira, atriz, Rainha da Festa do Rosário, palhaça, maquiadora... e agora seresteira Missinha Santos. Lá sempre serviu como uma espécie de QG para outros artistas e para muitos amigos e amigas.

Sabia que lá eu não encontraria somente ela, mas também sua família sempre acolhedora, como sua mãe “La Xica”, assim como outros artistas que por lá passam para uns bons dois dedos de prosa na calçada, além de pessoas conhecidas que, com certeza, estão costuradas no tecido da minha existência e que transitam por ali. (Fui vizinha de Missinha por alguns anos – de alguma forma, aquele pedaço de rua é um retalho de mim)

Bingo! Acertei na mosca! Durante o restante da manhã em que lá fiquei, reencontrei velhas pessoas amigas e conhecidas. Nossas bocas não pararam, nem de conversar, nem de rir... e como rimos! Resgatando nossas presepadas e a de outras pessoas ausentes, reativamos as conexões afetivas e de fraternidade que nos uniram em um determinado momento de nossos percursos.

Uma dessas pessoas que por lá chegou foi o queridíssimo Jonas Linhares, outro multiartista caicoense que dispensa comentários e apresentações. Trazia consigo histórias de amores vigaristas e propostas artísticas, em uma das quais eu já estava sendo incluída naquele momento. (Adooooroooo!)

Além de resgatarmos momentos vividos durante a pandemia, partilhamos os medos, as conquistas, os amores e empregos abandonados, celebramos os novos projetos. Demos um pulinho na “Cabeleiria” do também amigo Naldo, onde, outro grande amigo, Jefferson também trabalha.

Voltei de Caicó abastecida de calor fraterno e com a promessa de um retorno breve, agora para farrear como nos velhos tempos, arquitetar projetos culturais com meus amigos e minhas amigas de lá e encontrar quem eu não tive nem tempo, nem chance de ver.

Mas não pense que estar abastecida quer dizer que não haja espaço ou tempo para as pessoas amigas de cá. Pelo contrário... Já voltei de Caicó trocando mensagens para mais encontros fraternos, agora regados à vinho e poesia, porque, afinal de contas, amizades verdadeiras, boas conversas, novos projetos, velhas e novas gargalhadas, música e poesia, nunca são demais... Mas essa história de cá... Fica pra uma próxima...

*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).


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