Dra. Aline Leite Nogueira

Ginecologista e Obstetra, especialista em Reprodução Humana (CRM-SP 102.616)

28/11/2023 11h40

 

Obesidade e fertilidade

 

Que a obesidade pode causar doenças cardiovasculares e diabetes, isso muitos já sabem, mas que ela também está associada à infertilidade, pode ser novidade! Então vamos conhecer um pouco mais dos efeitos prejudiciais da obesidade na saúde reprodutiva de homens e mulheres.

Como a obesidade pode prejudicar a saúde reprodutiva masculina?

Nos homens, a obesidade pode prejudicar a qualidade do sêmen, a ereção e aumentar a temperatura na bolsa escrotal, reduzindo a concentração e a motilidade dos espermatozoides.

Por que a obesidade compromete a fertilidade feminina?

Nas mulheres, a obesidade aumenta o risco de irregularidade menstrual e compromete a ovulação, diminuindo a chance de gravidez. Além disso, o excesso de peso pode interferir na qualidade do embrião e também reduzir as chances de implantação do mesmo. Abortos espontâneos e morte do bebê intraútero são também mais frequentes em mulheres obesas.

A obesidade da mãe pode afetar seus filhos?

Sim! A obesidade materna afeta a saúde dos filhos tanto enquanto eles estão no útero como na vida adulta. Os filhos de mães obesas têm maior risco de obesidade e de morte prematura na vida adulta. Durante a gestação, esses bebês também têm maior risco de complicações, como prematuridade, crescimento fetal inadequado (bebês pequenos ou grandes para a idade gestacional), defeitos congênitos (por exemplo defeitos cardíacos ou do cérebro) e sofrimento fetal.

É possível melhorar a fertilidade nesses casos?

A boa notícia é que a função ovulatória, a qualidade do sêmen e as taxas de gravidez frequentemente melhoram após a perda de peso. Então, mudanças nos hábitos de vida nunca é tarde para começar. Uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares são boas aliadas da fertilidade e a perda de 7% ou mais do peso corporal já pode trazer resultados positivos! Lembrando que essa é apenas mais uma etapa do tratamento em busca de qualidade de vida e saúde reprodutiva. Um acompanhamento multiprofissional é indispensável para alcançar todas essas metas com segurança.

Sobre mim:
Aline Leite Nogueira, Ginecologista e Obstetra, CRM-SP 102616   RQE 33110 e 331101

Especialista e Patologia do Trato Genital Inferior e em Reprodução Assistida, sócia fundadora e Tesoureira da AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil, organização sem fins lucrativos que visa levar conteúdo de qualidade e baseado em ciência para as mulheres de todo o Brasil. Também sócia proprietária e professora do PrepaRA, curso preparatório para obtenção do Título de Especialista em Reprodução Assistida.

 

*ESTE CONTEÚDO É INDEPENDENTE E A RESPONSABILIDADE É DO SEU AUTOR (A).

 


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